Instalações da Nilza vão a leilão em novembro

30/08/2014 13:36:00

Decisão é do juiz Héber Batista, da 4ª Vara Cível da Comarca

Matheus Urenha / A Cidade - 06.out.2011
As instalações da Nilza em Ribeirão estão desativadas desde 2009 (Foto: Matheus Urenha / A Cidade - 06.out.2011)

As instalações da massa falida da Indústria de Alimentos Nilza irão a leilão no mês de novembro. A decisão é do juiz Héber Mendes Batista, da 4ª Vara Cível da Comarca de Ribeirão Preto, responsável pelo processo de falência.

Segundo o juiz, a avaliação de bens nas unidades de Ribeirão Preto, às margens da Rodovia Anhanguera, de Itamonte (MG) e de Campo Belo (MG) está estimada em R$ 120 milhões, cerca de 30% da dívida junto a funcionários, bancos e demais credores, prevista entre R$ 400 e R$ 500 milhões.

“O levantamento patrimonial de tudo que pode ser objetivo de alienação para pagamento dos credores foi feito pelo administrador judicial”, diz.

Batista definiu o leilão judicial por propostas fechadas, ou seja, os interessados fazem suas propostas em envelopes entregues na 4ª Vara.

Os envelopes serão abertos em audiência pública a ser realizada em novembro. O dia ainda não foi definido. Batista, que também trabalha como juiz eleitoral decidiu esperar pelas eleições.

Conforme ele, a abertura dos envelopes lacrados com as propostas será feita na perante os presentes. A maior oferta será a acatada.

“Pode ser um valor maior, menor ou igual à avaliação, desde que não seja a preço insignificante”, afirma.

Com o pagamento, o juiz entrega os bens para o arrematante, e inicia-se o pagamento dos credores na ordem que a lei determina: primeiramente as despesas da massa (avaliação, administrador judicial); depois as trabalhistas; seguidos pelos credores privilegiados; e por fim, os quirografários (que não têm garantia nenhuma).

Para o juiz, a expectativa é de que o leilão será positivo. “Tem muitas empresas interessadas, já que a indústria é bem localizada”, diz. “E as outras duas, de Itamonte e Campo Belo, estão na bacia leiteira. Com a vantagem de que a de Campo Belo já está arrendada para uma empresa.”

Vencedor do leilão não irá assumir passivo

Segundo o juiz Héber Mendes Batista, quem vencer o leilão não assumirá o passivo da dívida da Nilza. Ou seja, só o valor a ser pago pelo arremate será usado para pagar parte da dívida.

Por isso, segundo ele, o leilão é cercado de boas expectativas.
Nem mesmo a situação econômica, emenda, ameaça as chances de disputa pela estrutura da Nilza.

Em princípio, o leilão é das três unidades, embora também possa haver a arrematação em separado. 

“Além de resolver o caso judicial, também queremos resolver o social, porque a retomada da Nilza, seja como foi planejada ou em outra operação, irá gerar empregos e divisas para Ribeirão Preto”, diz o juiz responsável pelo processo.



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