Kelly chegou a ser acusada de sequestro internacional pelo ex-marido (foto: reprodução EPTV)

A atendente Kelly Cristina Faria conseguiu a guarda de suas duas filhas suecas após decisão do Tribunal Regional Federal (TRF) da 3ª Região. De acordo com a reportagem da EPTV, a audiência foi realizada em São Paulo na última quarta-feira (13) e a defesa do pai das meninas ainda pode entrar com recurso. 

Há seis anos, a moradora de São Carlos chegou a ser acusada de sequestro internacional pelo ex-marido, que é sueco, após trazer as filhas para o Brasil em dezembro de 2011. A intenção era apenas para passar o Natal, mas Kelly decidiu não voltar mais a Suécia. “Logicamente ele ficou muito sentido comigo, não foi uma decisão fácil para mim, mas em primeiro lugar eu pensei no bem estar das minhas filhas”, afirmou Kelly.

Após o episódio, iniciou-se a luta entre as Justiças brasileira e sueca para determinar a guarda das meninas. “Eles decidiram que a guarda ficaria com ele, mas as crianças estavam aqui comigo. O juiz da Vara da Família Paulo César Scanavez nos deu a guarda provisória”.

Em março de 2014, a Justiça sueca determinou que a guarda das meninas fossem devolvidas ao pai, que passava férias no Brasil. Como a Justiça brasileira ainda não tinha uma decisão sobre o caso, as crianças chegaram a ser apreendidas pela Polícia Federal.

“Realmente ele chegou a pedir a busca e apreensão das meninas e ia devolver as meninas para a Suécia. Mas meu advogado conseguiu encontrar uma pessoa na sexta-feira no Fórum que considerasse o habeas corpus que ele mandou, porque não teria como ter um retorno. Se as crianças embarcassem eu só poderia vê-las com a idade de 18 anos”, disse Faria.

Por fim, após mais de três anos de luta entre a brasileira e o ex-marido na Justiça, cinco juízes decidiram, por 3 votos a 2, conceder a guarda definitiva das filhas, de 12 e 14 anos, para a mãe.

A decisão ainda não é definitiva e a defesa do pai, que não foi localizada para comentar o caso, pode entrar com recurso.

Kelly segura a mão das filhas aliviada após decisão da Justiça (foto: reprodução EPTV)