Pedreiro que fraturou tornozelo ao cair em buraco vai processar a prefeitura

14/12/2017 15:27:00

Autônomo, ele está há 45 dias sem trabalhar e sem renda para sustentar a família

Júlia Fernandes
Francisco Alves trabalhava como pedreiro (Foto: Júlia Fernandes/ A Cidade)

 

Desde que fraturou o tornozelo num buraco na zona Norte de Ribeirão Preto, há 45 dias, o pedreiro Francisco Alves, 36 anos, está afastado do trabalho autônomo e sem renda para sustentar a mulher, os cinco filhos de 5, 8, 10, 13 e 17 anos e até para comprar os remédios para aliviar a dor. 

Agora, mesmo recém-operado e apoiado em um andador, ele saiu em busca de seus direitos. Nesta quinta-feira, ele procurou uma advogada para processar a Prefeitura Municipal pelo descaso com a qualidade do asfalto na cidade.

O acidente ocorreu na rua Piauí, próxima a rua Acre, no Ipiranga, no último dia 1º de novembro. Francisco voltava de uma partida de futebol, que participou como torcida, às 20h30 de uma quarta-feira.

 Ao ACidade ON, ele diz que perdeu o controle da direção ao passar sobre o primeiro buraco e caiu no segundo, quando o pneu e cama de ar da moto estouraram.

O pedreiro, que mora de aluguel no mesmo bairro, foi para casa empurrando o veículo e só percebeu a fratura no dia seguinte. Ele buscou atendimento médico na UBDS da Vila Virgínia e, depois, precisou ser operado no Hospital Santa Lydia.

 “Desde então, estou parado. Minha mulher começou a fazer serviços de limpeza para ajudar com as contas, porque está muito difícil. Nós viemos do Norte do País para melhorar a parte financeira, mas, por conta do acidente, acabou piorando”, explica.

 Francisco diz que se não fosse pela fratura causada pela queda no buraco não sentiria tanta dor. “E não teria que ver minha família passar por dificuldade”, afirma o acidentado.

Indenização

Segundo a advogada de Francisco, Aparecida Amélia Vicentini, a ação indenizatória requerida na Justiça pedirá danos morais e materiais, já que a moto dele ficou destruída, além de lucros cessantes.

O agravante é referente aos remédios que ele também não tem condições de comprar.

“A família toda foi prejudicada, porque eles moram de aluguel, têm filhos para criar e, com esse acidente e os pinos que precisaram ser colocados no tornozelo, a capacidade de trabalho dele pode reduzir posteriormente. Então, precisamos lutar pelo que é de direito do Francisco. Tudo isso só aconteceu por uma falha da prefeitura, que já fez várias vítimas”, conclui a advogada.

Outro lado

ACidade ON procurou a Administração Municipal sobre o processo aberto por Francisco Alves contra a Prefeitura, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.

Os buracos mencionados na reportagem já foram recapeados. 

 



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