Professor de português Luiz Cláudio Jubilato diz que candidato deve ler com atenção e procurar eliminar as alternativas erradas (Foto: F. L. Piton / A Cidade)

A primeira fase da Fuvest (Fundação Universitária para o Vestibular) será neste domingo (29) no estado de São Paulo. A prova é composta por 90 questões sobre o conjunto das disciplinas: Português, História, Geografia, Matemática, Física, Química, Biologia, Inglês e terá algumas questões interdisciplinares. Todas as questões serão do tipo teste, com cinco opções de resposta.

Atenção, atrasados de plantão: os portões dos locais de prova serão abertos às 12h30 e fechados às 13h, quando o vestibular terá início. A duração da prova será de cinco horas. Foi divulgada, que a prova teve mais de 142 mil estudantes. Para visualizar o local onde realiza a prova, o vestibulando precisa acessar o site da Fuvest e inserir o seu CPF. Lembrando que é necessário levar caneta preta, documento com foto e o cartão de inscrição.

Foi pensando nesses vestibulandos, que o A Cidade reuniu três professores para ajudar o aluno na hora de fazer a prova:

CONCENTRAÇÃO

Uma prova de 90 questões, é de tirar a concentração de qualquer. O estudante tem acesso a listagem de livros oficial da Fuvest, na qual são baseadas as questões da prova. Sabendo disso, o professor de português Luiz Cláudio Jubilato ajuda: “Já alerto que não são questões fáceis, porém as perguntas da mesma matéria são interligadas”. Ele afirma que uma é parecida com a outra – textos parecidos.

ELIMINAÇÃO

Nenhuma prova é fácil, ainda mais quando as questões dessa prova são de alternativas. Sempre gera aquela insegurança e dúvida na hora de responder. A dica de Jubilato é o candidato ler com atenção e procurar eliminar as alternativas erradas. “Na Fuvest, normalmente, a dúvida é sempre entre duas, ou seja, leia e tire as respostas absurdas”, conta.

SEM PREGUIÇA

Perguntas extensas fazem parte de qualquer prova de vestibular, quando se trata da Fuvest, não é diferente. As respostas sempre estão nos textos da questão. Então deixe a preguiça de lado, e leia com atenção, é a opinião do Jubilato. “Volte ao texto sempre a questão exigir, tome cuidado para não de desconcentrar ou deixar a preguiça falar mais alto”, fala.

CONHECIMENTO

Com várias matérias, a Fuvest dificulta a interpretação do aluno em algumas disciplinas. A matemática é temida pela maioria, a física não fica de fora também. Em relação de como resolver a prova, a controversas. Para o professor Jubilato, o aluno deve começar pelas matérias que têm mais dificuldades. Já o professor Cláudio Paris, acha que o jeito é a brincadeira de infância “pega varetas”: “Se o aluno ficar 30 minutos nas questões mais difíceis, ele não terá motivação para as restantes questões”, diz. Paris acha que o correto é começar pelo grau de dificuldade: fácil, médio e difícil. Então, escolha qual método você achar mais fácil.

ENUNCIADO

Já dissemos que a prova tem 90 perguntas, o que desmotiva o candidato a ler e responder tudo com atenção, o professor de redação e linguagem, Marcelo Goés, acredita que prestar atenção no enunciado, facilita tudo. “Um dos caminhos que acho mais fácil e ler o enunciado primeiro, e depois procurar no texto, algo relacionado com a questão”, afirma. Lembrando que é apenas uma dica.

EXCESSO DE CONFIANÇA

Confiança e pensamento positivo são sempre bem vindos. Só que não adianta exagerar, achando que sabe tudo – que isso “dá ruim”. “O estudante vê uma imagem, e acha que já sabe sem ler a resposta, erra a questão. Podendo ficar fora da segunda fase, por besteira”, alerta Góes.

CANSAÇO

Ansiedade, estresse, sono, podem interferir no desempenho do aluno que estudou o ano inteiro para a Fuvest, a sugestão de Góes é que quando o cansaço chegar, o jeito é se movimentar. “Peça para ir ao banheiro, se alongue, beba uma água. É importante que o aluno consiga ter esse momento de pausa”, explica. O professor acha que esse hiato, ajuda o estudante ao retornar para a sala da prova.

ALIMENTAÇÃO

Sabemos que os portões abrem às 12h30, mas o recomendável é que se chegue uma hora antes, pensando nisso o aluno saí de casa cedo. Alguns não almoçam, só tomam um corrido café da manhã. Como a prova é extensa, é recomendável que cada pessoa leve seu lanche. “Lembrando que não é qualquer alimento – uma barra de cereal ou uma fruta, bastam. O aluno não pode ficar cinco, seis horas sem se alimentar”, relata Paris.

HORÁRIO

Como é proibido o uso de aparelho celular e o de relógio, é importante ficar atento quando o assunto é horário. O que é sugerido é que cada questão utilize três minutos do tempo total de prova. Então, para não se perder no tempo, Paris fala a solução. “O aluno pode perguntar as horas para o examinador, de uma maneira discreta. Pode perguntas quantas vezes achar necessário”. Claro que pode fazer o famoso gesto, dedo indicador no pulso.

GABARITO

“ É crucial, o gabarito precisa ser preenchido corretamente”, diz o professor Paris. Ele afirma que às vezes o aluno se enrola na prova, e nos últimos dez minutos, começa a preencher o gabarito – não façam isso. “Conforme responder as questões de cada matéria, já passe para o gabarito. Deixar tudo para a última hora traz nervosismo, com grande possibilidade de erro”, cita.

Segunda fase

Sim, os alunos terão que esperar até o dia 21 de dezembro para saber o resultado da prova. Para os sortudos que passarem para a segunda fase da Fuvest, a segunda etapa será realizada em 10,11 e 12 de janeiro.

No dia primeiro dia de provas (10/01), os candidatos responderão dez questões de Português e farão uma Redação. No segundo dia (11/01), a prova será composta de 16 questões sobre as disciplinas do núcleo comum obrigatório do Ensino Médio (História, Geografia, Matemática, Física, Química, Biologia, Inglês). As questões poderão abranger conhecimentos de mais de uma disciplina, inclusive Português. Já no terceiro dia do vestibular (12/01), a prova terá 12 questões de duas ou três disciplinas (seis ou quatro de cada), de acordo com a carreira escolhida.

Todas as provas terão quatro horas de duração. A primeira chamada será feita em 02 de fevereiro de 2016. (fonte: Guia do Estudante)

Colaboração: Jéssica Oliveira