rotina Disciplina para estudar é fundamental, diz Karolina

Cortar gastos se tornou palavra de ordem para os empregadores quando o assunto é enfrentar a crise, e entre as “tesouradas” mais comuns está a redução do quadro de funcionários das empresas. Segundo o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho, foram fechados aproximadamente 494 mil postos de trabalho, até agosto, em todo País.

Para não ser a próxima “vítima” do desemprego, tem muita gente recorrendo aos concursos públicos em busca de estabilidade profissional e bons salários.

A agende educacional Karolina Caleffi, de 25 anos, passa a maior parte do tempo livre estudando. Recentemente ela passou em um concurso público para trabalhar na Prefeitura, como agente educacional. Engana-se quem pensa que ela parou por aí. “Estou estudando para prestar mais um concurso e conseguir uma vaga de Auxiliar de Fiscalização Financeira. A prova vai ser em São Paulo e não posso desanimar, o salário e a carga horária são ótimos”, conta.

Já a agende administrativo Aline Almeida Costa, 26, não para e chegou a prestar cinco concursos públicos, nos últimos anos. O mais recente foi para a vaga de telefonista auxiliar de regulação médica, na Prefeitura de Araraquara, no qual ela passou em 111° lugar. Seus familiares foram grandes incentivadores.

“Meus pais são funcionários públicos e me incentivaram desde o começo, para que eu prestasse a vaga. Como já sou funcionária da Prefeitura, optei por esse cargo por trabalhar poucas horas por dia e ter uma remuneração melhor que o meu cargo atual”.Ainda segundo ela, o estudo foi fundamental para a colocação. Suas habilidades em português também ajudaram muito na hora da prova.

Crescimento - Em uma escola de preparação para concursos públicos de Araraquara, mesmo com a crise, o número de alunos não sofreu alteração e se manteve o mesmo do ano passado. Atualmente, são 160 alunos matriculados, preparando-se para dois concursos do Governo Federal – INSS e Correios. “Mesmo com o crescimento do desemprego, o número se manteve o mesmo de 2014. Mas há uma tendência para que aumente no próximo ano”, diz a gerente da escola, Karen Regina Giovanini.

Segundo a coordenadora de cursos básicos para concursos de outra escola de Araraquara, Andréia Sampaio, a procura por cursos básicos para concursos é grande. Um grupo de 20 alunos está se formando e, na próxima semana, começa outra turma. “Os jovens estão querendo se posicionar no mercado de trabalho. Temos um curso básico para iniciantes, que apresenta bons resultados”, diz.

Ainda segundo Andréia, alguns alunos da escola já passaram em concursos como o da Caixa Econônica Federal.

Antecipada - A professora Cinthia Giordano, 31, se prepara para duas provas, que não tem previsão para acontecer – educação especial e psicopedagogia. “Quero prestar os concursos pelo fato de atender crianças que precisam de apoio e por faltar profissionais no mercado. Estou sempre prestando atenção nos sites, quando surgir oportunidade, estarei pronta”, diz a professora, que chega a estudar três horas por dia. (Colaboraram Milton Filho e Gabriel Santana)