Alvo de críticas por vários comerciantes e motoristas, devido a demora na conclusão, as obras de recapeamento de algumas ruas do Centro de Ribeirão Preto irão atrasar em pelo menos uma semana. 

Ruas do Centro estão há mais de um mês em obra (Foto: Rodrigo Prioli/CBN Ribeirão)

A previsão inicial de término era para a segunda quinzena de julho, segundo o PróUrbano, mas nesta sexta-feira (31) o consórcio comunicou que as obras devem durar ao menos até dia 8 de agosto.

Os trechos que ainda não estão prontos são na Rua Américo Brasilense, entre a Saldanha Marinho e a José Bonifácio; na José Bonifácio, perto do cruzamento com a Avenida Jerônimo Gonçalves; e na Rua Florêncio de Abreu.

Os serviços começaram no final de junho, com a raspagem de apenas uma das faixas de várias vias centrais. O objetivo, de acordo com a Transerp (Empresa Transporte Urbano Ribeirão Preto), é aplicar uma camada mais resistente na malha viária das ruas com maior fluxo de ônibus.

No entanto, o recapeamento só foi retomado após duas semanas de paralisação, e a demora incomoda os comerciantes da região. "Muita sujeira, muito pó. Documentos ficaram sujos, poeira constante. Vimos pessoas caindo pela rua", disse a empresária Sirlene Maria Zanuto.

Vendedora de uma loja de roupas, Ana Paula Sandri conta que o estabelecimento comercial perdeu todas as peças brancas expostas nos maniquins. "A gente tem muita roupa que não dá para colocar à venda. Sujou muito, teve algumas peças que encardiram, não sai mais [a sujeira]. Calça, cinto, a gente perdeu muita coisa."

As reclamações também surgem por parte dos motoristas. Funcionária de um estabelecimento comercial do Centro, a motociclista Lidiane Priscila Lara quase sofreu um acidente por causa da diferença na massa asfáltica.

"Estava indo embora, descendo a rua, fui desviar [da via não recapeada] e minha roda, que é muito fina, encaixou no buraco e quase fui ao chão. Derrapou e tive que segurar para não cair. Prefeitura tira que se preocupar com isso, porque pode acontecer um acidente mais grave", disse.

A CBN Ribeirão também entrou em contato com a Prefeitura de Ribeirão Preto, mas ela não se posicionou sobre o assunto.

Ouça o boletim de Rodrigo Prioli.