Surto de cinomose em Araraquara assusta donos e mata cachorros

30/07/2014 09:16:00

Vírus é transmitido pelas vias respiratórias e fica mais forte em ambiente seco e frio; vacina é a prevenção mais eficaz

Deivide Leme/Tribuna Impressa
Neguinho é um dos cachorros contaminados no Melhado, são mais sete cães na mesma casa (Deivide Leme/Tribuna Impressa)

A cinomose está se alastrando em Araraquara. Como o vírus que transmite a doença é mais forte em ambiente seco e frio, muitos cães estão sofrendo e alguns já morreram, já que não existe cura.

O protetor dos animais Evandro Douglas Guidelli, de 31 anos, está ajudando a cuidar de oito cães contaminados no momento. “Eles são da vizinha da minha mãe, que mora no Melhado. Ela tinha dez cães, mas dois pegaram cinomose e morreram. Estamos lutando para que a doença não se agrave nos outros”, diz. Segundo ele, na mesma rua, tem pelo menos mais quatro cães contaminados.

Guidelli é voluntário na ONG SOS Melhor Amigo e ajuda como pode. “Muitos veterinários ajudam e não cobram a consulta. Em alguns medicamentos, temos descontos, mas temos um custo de pelo menos R$ 150 com cada cachorro. Os vizinhos estão ajudando também”, explica.

Surto da doença
A veterinária do Canil Siciliano, Kátia Barsaglini Lopes, 29, está cuidando de 20 cães com cinomose atualmente. Como o animal precisa ficar isolado, ela cuida deles na casa do dono ou em lares temporários. “O vírus se propaga rápido e é difícil combatê-lo. Não tem cura, e o animal fica com sequelas. O que a gente pode fazer é tratar os sintomas”, relata.

Tutu é um desses cães tratados pela Kátia. Ele foi encontrado na rodovia pela dona de casa Valéria Cristina Alves, 30.

“Ele estava deitado e não se mexia. Estamos cuidando dele há um mês e, quando ele ficar bom, pretendo colocá-lo para adoção, pois já tenho cinco cachorros. Ele é cego, só enxerga vultos e estava com uma infecção no olho”, explica.

Tutu passou por um tratamento feito com quatro doses de vacina em um mês e está tomando vitaminas. “Ele está melhorando, já consegue andar e recuperou o apetite. Ele anda meio travado, mas consegue andar”, finaliza.

A reportagem completa você confere na Tribuna Impressa desta quarta-feira (30). 



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