Obras no museu do Café deveriam terminar em dois anos, mas a reforma deve se estender por mais tempo
A secretária da cultura de Ribeirão Preto, Isabella Pessotti, admitiu nesta terça-feira (12), que não deve cumprir o prazo estipulado pela Justiça para reabrir os Museus Histórico e do Café.
Em novembro, o juiz da Primeira Vara da Fazenda Pública, Gustavo Müller Lorenzato determinou que a prefeitura reforme os patrimônios em dois anos, sob pena de multa no valor de R$ 10 mil por dia.
O magistrado considerou que o laudo técnico realizado pelo Ministério Público no ano passado aponta problemas que necessitam de soluções "urgentes".
- O que é possível dentro do exequível [sic] é iniciar o restauro das obras, que já está sendo feito, estamos esperando os parceiros privados nos entregar o projeto básico de engenharia e aí então correr atrás da parceria público privada ou na Lei Rouanet para que a gente consiga fazer uma grande reforma nos dois museus - disse a chefe da pasta.
Em 2017, a Justiça já havia estipulado um prazo de 90 dias para o inicio das reformas, mas a administração recorreu da sentença, justificando que "não dispõe de recursos próprios para a realização das obras". O recurso foi negado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.
- Basicamente, para o início das obras precisamos de R$ 13 milhões. Hoje, a prefeitura não tem esse recurso em caixa, mas tem a intenção de fazer parcerias para viabilizar esta verba - completa a secretária.
A elaboração do projeto de engenharia e arquitetura para a reforma dos museus será feito por um Centro Universitário da cidade em convênio com a prefeitura. Os documentos devem ser entregues em outubro deste ano.