A Secretaria de Saúde confirmou nesta terça-feira (18) a ocorrência de 23 mortes por gripe em Ribeirão Preto de janeiro a agosto deste ano. Dois desses casos foram confirmados nos últimos 30 dias.  

Segundo o prefeito Duarte Nogueira, a influenza hoje é o que "gera um pouco mais de atenção da imprensa e da sociedade".  

Nos primeiros oito meses deste ano foram 287 notificações de casos suspeitos, com 92 casos confirmados - número maior que o dobro dos 41 casos confirmados no ano passado e apenas 1 a menos que todos os registros da doença em 2016. Dos 92 confirmados, 50 são de H1N1, 23 de H3N2, 15 não subtipados e 4 por tipo B.  

Com as 22 notificações feitas no mês de agosto, Ribeirão Preto já passou em 16,6% o ano de 2017 em número de casos suspeitos, que teve 246 registros. O número de pacientes confirmados com influenza também cresceu 124%, passando de 41 para 92.  

Segundo o secretário de Saúde, Sandro Scaperlini, a expectativa é que as notificações da doença reduzam com o fim do inverno, período de maior incidência da doença.  

Scarpelini afirma que a maioria dos 23 óbitos são de pacientes idosos que já tinha alguma comorbidade e que eventualmente não foram vacinados.  

Vacinação e tratamento  

O infectologista Carlos Magno Castelo Branco Fortaleza reforça que a influenza, ao contrário da crença popular, é uma doença potencialmente grave e não deve ser ignorada. Segundo o médico da Sociedade Paulista de Infectologia, já é esperado no inverno um aumento no número de casos de gripe, que traz consigo, também, um aumento no número de mortes.  

Para o médico, além da campanha de vacinação da gripe, também é importante o atendimento médico para quem está passando pela doença. "É preciso que os pacientes busquem atendimento e a Prefeitura promova o atendimento rápido ao paciente, com acesso à medicação. Também existe o fato de a campanha de vacinação, que infelizmente temos visto que não tem atingido a meta que deveria atingir".