Alunos de escola interditada terão transporte até o SESI

15/09/2018 12:37:00

Prefeitura de Ribeirão Preto diz que fornecerá ônibus para todos os alunos da escola Domingos Angerami, no Ribeirão Verde, inclusive para os que não utilizavam o transporte escolar


Escola municipal Domingos Angerami, no Ribeirão Verde, tem 400 alunos e fiação sem proteção adequada (foto: Weber Sian / A Cidade)
  
Os 400 alunos da EMEF Prof. Dr. Domingos Angerami, interditada pela Justiça desde o dia 6 de setembro por risco de incêndio, terão transporte escolar diário para a unidade 301 do SESI, no Campos Elíseos. Segundo a Prefeitura de Ribeirão Preto, as aulas serão retomadas nesta segunda-feira (17).  


Em nota, a prefeitura informou que os alunos que já utilizavam o transporte escolar não terão qualquer alteração nos horários ou pontos.  

Já os alunos que não utilizavam o transporte deverão se dirigir ao ponto mais próximo de sua residência, a partir das 6h20, nas linhas Ribeirão Verde' e Pedra Branca (período diurno); ou a partir das 12h25 na linha Ribeirão Verde e às 12h40 na linha Pedra Branca (para os que estudam à tarde). 

A prefeitura informou que, "caso ocorra necessidade de adequações durante a semana, os pais serão avisados pela diretoria da Unidade Escolar".  

Condomínios
Já para os residentes no conjunto de condomínios 'Vitta', o ponto de encontro será defronte a unidade central do conjunto, às 6h40 para os que estudam de manhã e às 12h45 para os que têm aulas à tarde.   

Os alunos da Fazenda da Barra não terão alteração no horário.   

Risco 
O pedido de interdição foi revelado pelo jornal A Cidade na edição do dia 4 de setembro. Relatório elaborado pelo corpo técnico do Ministério Público apontou que a unidade, fundada em 1940 e que conta com atualmente 400 alunos, recebeu diversos "puxadinhos" ao longo dos anos e tinha fiação elétrica sem proteção, entre outras irregularidades.

"Manter os alunos da EMEF Domingos Angerami estudando em prédio que apresenta alto risco de incêndio é não apenas negligenciar o seu direito à vida e à saúde, mas também fazer letra morta do seu direito ao respeito e à dignidade", afirmou o juiz da Infância e Juventude, Paulo Gentile, em decisão publicada no dia 5.

A ação civil pública foi movida pelo promotor de Justiça Naul Felca, responsável pelo Grupo de Atuação Especial em Educação do MP (Geduc).

Ao A Cidade, Naul afirmou que o objetivo era impedir um desastre "com consequências irreparáveis", lembrando o Museu Nacional do Rio de Janeiro, que foi consumido pelas chamas no primeiro domingo de setembro.
 

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