Cerca de 40 famílias vivem no local há mais de 20 anos; área foi vendida em um leilão
A Justiça fez a reintegração de posse de uma área do acampamento Cachoeirinha, em Boa Esperança do Sul, na manhã da última quarta-feira (12). Das 40 famílias que vivem no local há mais de 20 anos, oito vão ter que desocupar o local.
A casa do autônomo Fábio Gonçalves de Almeida foi destruída pelas máquinas. "Chegaram aí falaram que iam derrubar tudo. Agora eu quero saber onde vão levar a gente. Não temos para onde ir. Eu trabalhei três anos para fazer a casa e perder isso", disse.
A maioria dos moradores foi para o local em 1997. Na época a área pertencia a um banco que faliu. A fazenda foi dividida em quatro partes, que foram vendidas em um leilão.
Um dos novos donos conseguiu a reintegração de posse e Polícia Federal foi ao local para que o oficial de Justiça cumprisse o mandado.
A produtora rural Ivone Falcão Barbosa vive no local há 22 anos e também vai ter a casa demolida. "A gente produz milho, feijão, manga, limão, banana, abacaxi. A gente faz feirinha no sábado e vive disso. A dor é de todos. Para onde vão levar a gente? Eles não falam. Todo nosso suor está aqui dentro", afirmou.
Ela ainda disse que os moradores foram surpreendidos com a reintegração. "Foi um susto porque falou que estava vindo para tirar a gente. Vieram em fevereiro e falaram que tinha que sair em 30 dias. O Incra falou que tinha derrubado a liminar e ficamos sossegados e aumentamos a produção", disse.
Mais prazo
Em um acordo, a Justiça deu mais quatro dias para as famílias desocuparem a área. A Prefeitura de Boa Esperança do Sul disse que não foi informada da decisão e acrescentou que vai se reunir com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para tentar reverter a situação, porque acredita no potencial de produção dos assentados.
O Incra informou que houve uma tentativa de aquisição do imóvel, o que não foi concluído, portanto o imóvel não é de posse do Incra para que seja criado um projeto de assentamento.
A casa do autônomo Fábio Gonçalves de Almeida foi destruída pelas máquinas. "Chegaram aí falaram que iam derrubar tudo. Agora eu quero saber onde vão levar a gente. Não temos para onde ir. Eu trabalhei três anos para fazer a casa e perder isso", disse.
A maioria dos moradores foi para o local em 1997. Na época a área pertencia a um banco que faliu. A fazenda foi dividida em quatro partes, que foram vendidas em um leilão.
Um dos novos donos conseguiu a reintegração de posse e Polícia Federal foi ao local para que o oficial de Justiça cumprisse o mandado.
A produtora rural Ivone Falcão Barbosa vive no local há 22 anos e também vai ter a casa demolida. "A gente produz milho, feijão, manga, limão, banana, abacaxi. A gente faz feirinha no sábado e vive disso. A dor é de todos. Para onde vão levar a gente? Eles não falam. Todo nosso suor está aqui dentro", afirmou.
Ela ainda disse que os moradores foram surpreendidos com a reintegração. "Foi um susto porque falou que estava vindo para tirar a gente. Vieram em fevereiro e falaram que tinha que sair em 30 dias. O Incra falou que tinha derrubado a liminar e ficamos sossegados e aumentamos a produção", disse.
Mais prazo
Em um acordo, a Justiça deu mais quatro dias para as famílias desocuparem a área. A Prefeitura de Boa Esperança do Sul disse que não foi informada da decisão e acrescentou que vai se reunir com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para tentar reverter a situação, porque acredita no potencial de produção dos assentados.
O Incra informou que houve uma tentativa de aquisição do imóvel, o que não foi concluído, portanto o imóvel não é de posse do Incra para que seja criado um projeto de assentamento.