Torcida ribeirão-pretana esgota ingressos para a partida do Vôlei Ribeirão contra o Santo André em apenas duas horas
Dentro de quadra, o Vôlei Ribeirão ainda busca a primeira vitória dentro do Campeonato Paulista – foram três jogos e três derrotas até o momento.
Já fora das quadras, o time nasceu campeão – assim como a torcida ribeirão-pretana. No primeiro jogo, contra Taubaté, os torcedores lotaram o Ginásio Gavino Virdes, na Cava do Bosque, em Ribeirão Preto (leia mais abaixo). E neste sábado (26), às 16h, mais uma vez, o Vôlei Ribeirão vai ter casa cheia para buscar a primeira vitória na competição – o adversário será o Santo André.
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“Estava ansioso porque, na primeira disputa, foi lindo ver o ginásio lotado”, diz Nelson Mendes, 76 anos. Ele e a esposa, Deanira Mendes, 75, chegaram cedo e lideraram a fila de ingressos nesta quinta-feira. Detalhe: em apenas duas horas, todos os ingressos foram trocados.
“Sou fã da modalidade e, por muito tempo, só tive a oportunidade de assistir aos jogos pela televisão. Por isso, não quero perder um. Sábado vai ser dia de reunir os nossos filhos, netos e vôlei”, ressalta a aposentada – que trocou solidariedade por esporte: se, na primeira partida em casa, o ingresso "custava" 1 kg de alimento não perecível, neste final de semana cada três ingressos "valia" um pacote de fralda geriátrica. Tudo o que é arrecadado é doado para entidades beneficentes.
Arquibancada cheia
Assim como a torcida, que elegeu o time como o novo orgulho da cidade, o diretor de esportes da Cava do Bosque, Gabriel Guimarães, também tem motivos para comemorar. Segundo ele, a equipe é a responsável pela aproximação dos ribeirão-pretanos com o centro esportivo – na primeira disputa em casa, foram 2.500 pessoas em um ginásio que tem capacidade para 2.531 pessoas.
“O último jogo que tivemos aqui foi em 2006, com o basquete do COC, e, nesse período, ficamos sem eventos esportivos municipais. Então, acredito na importância da representatividade da equipe de alto rendimento para a garotada”, conclui Guimarães.
Não tem idade
Ainda na troca de ingresso, a torcida do Vôlei Ribeirão provou que não tem idade. Emily Lucente, 10, dividiu a fila com "gente grande", cheia de empolgação. No jogo contra o Taubaté, na Cava, a pequena não economizou na torcida. “Eu gritei tanto que quase deixei a pessoa do lado surda, de tanta adrenalina que senti. Meu momento preferido é a marcação de ponto”, afirma.
Expectativa
Para atender a expectativa dos torcedores, Dado Baptista, supervisor do Vôlei Ribeirão, diz que o desempenho da equipe tem melhorado a cada partida, com resultados mais acirrados.
“Há pouco mais de dois meses, nem time nós tínhamos, mas montamos um elenco novo, firme e talentoso. Temos, ainda, um misto de profissionais e iniciante, escolhidos na peneira, e que tem dado muito certo. Com o apoio da população, vamos conseguir chegar lá”, aposta.
Na vitrine
No Centro da cidade, o uniforme do Vôlei Ribeirão já é destaque na vitrine de uma tradicional loja de esportes. O proprietário, Neilton Parreira, conta que, logo após o primeiro jogo da equipe, a procura pelas camisas já foi iniciada. Por isso, a ‘colocação’ da equipe foi conquistada, bem ao lado de times importantes do futebol.
“Essa fase me lembra o basquete de Ribeirão, quando os eventos agitavam a cidade. Por isso, fico contente como comerciante e, como torcedor, estou no aguardo da primeira vitória em casa”, destaca.