Legalização do uso da maconha no Brasil, redução da maioridade penal, desmilitarização, mais justiça e menos desigualdade social, além do combate à corrupção e a busca pela melhor prestação do serviço público - seja estadual ou federal.

Essas são algumas das principais bandeiras dos candidatos de Ribeirão Preto que não ocupam hoje cargo eletivo, mas estão entre os 28 candidatos que buscam uma vaga na Assembleia Legislativa ou na Câmara dos Deputados.

Candidato pelo PSOL para deputado federal, o bancário Estevan Martins de Campos é quem propõe a legalização do uso da maconha. Ele afirma que, caso seja eleito deputado, não estará legislando em causa própria. “Não sou usuário da droga, mas acredito que a legalização do uso contribuirá para a redução da violência e também reduzirá o tráfico de entorpecente”, afirma.

Estevan explica que a legalização da maconha é o contrário da liberação. “A minha bandeira é para que o uso da erva seja regulamentada, como é o cigarro e o consumo da bebida alcoólica. Existem critérios”.

O bancário defendeu a legalização na tarde deste sábado (2), em frente à Esplanada do Theatro Pedro II.

“Faço esse debate em praça pública justamente por entender que a atual política para as drogas tem sido desastrosa, pela violência que gera e por não ser efetiva no controle do consumo, produção e comércio, hoje nas mãos do crime organizado”.

Maioridade penal

Dentro da questão da violência, o candidato a deputado estadual Carlos Roberto Mantovani (PTB), o Marolo, abraçou a bandeira na defesa pelo plebiscito para que ocorra a redução da maioridade penal.

Já o juiz aposentado João Gandini (PSB), que busca uma vaga na Assembleia, afirma que sua bandeira é bastante ampla. “Quero atuar em todos os segmentos onde um deputado tem atribuição”, diz.

Novatos almejam faxina ética e transparência

A preocupação com uma administração pública mais eficiente, sem corrupção e transparente com suas contas é da maioria dos candidatos a deputado estadual ou federal com domicílio em Ribeirão.

Emilson Roveri (PSOL), que busca uma vaga na Câmara dos Deputados, defende uma auditoria na dívida pública. “Do orçamento da União, 42% são destinados para juros e amortização da dívida pública”, diz.

Já o advogado Luiz Carlos Bento (PSB), candidato a deputado federal, propõe a criação de mecanismos para acabar com a corrupção e a farra do dinheiro público.