Candidatos: maioria tem como bandeira saúde, educação e segurança

26/07/2014 20:10:00

Políticos apresentam suas propostas na briga pelo voto

Saúde, educação e segurança estão entre as principais bandeiras ou propostas de campanha da maioria dos políticos de Ribeirão, candidatos nas eleições de outubro.

Na disputa pelo voto do eleitorado, esses e muitos outros temas são apresentados pelos postulantes como projetos ou lutas a serem travadas caso conquistem a eleição ou, no caso de três deles, a reeleição.
As propostas se ramificam principalmente nas três áreas, na opinião de especialista ouvido pelo A Cidade, porque é justamente o que a população quer escutar.

No caso da Saúde, os discursos são por atendimentos mais humanizados, diminuição das filas, mais postos e hospitais especializados, mais investimentos em medicina preventiva e em centros de tratamento de ponta, unificação da regulação municipal e estadual, redimensionamento das vagas, além de mais recursos para equipamentos e melhores remunerações.

Enquanto a maioria das propostas contempla grande parte do eleitorado, outras focam grupos. Se eleito, o vereador Jorge Parada (PT), que é médico e candidato à Assembleia, diz que pressionará o Hospital das Clínicas a firmar convênio com o Iamspe (Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual).
Na Educação, a maioria dos candidatos faz coro pela necessidade de uma revolução com o fim da progressão continuada, a valorização dos professores, implantação do período integral, incentivo à pesquisas, intensificação dos cursos profissionalizantes, valorização das universidades públicas e mudança na grade e escolha dos diretores.

Para o deputado estadual Welson Gasparini (PSDB), postulante à reeleição, é fundamental melhorar a qualidade da educação nacional em todos os níveis.

Aumento no efetivo policial é foco

 Na área da segurança pública, os candidatos defendem o aumento no efetivo das polícias, incentivos e melhor remuneração dos policiais, mais investimentos no combate a criminalidade e as drogas, construção de mais clínicas públicas de recuperação de viciados, alterações no Código Penal, diminuição e extinção da maioridade penal, mais recursos para tecnologia, equipamentos e viaturas e apoio às guardas.

Candidato à Assembleia, o vereador Samuel Zanferdini (PMDB), que também é delegado e há cinco anos visita escolas ministrando a palestra ‘Sou mais eu, não uso drogas’, defende que as consequências do uso de entorpecentes constem na grade, como matéria complementar.

Debates e pressão como ferramentas

Apesar de saberem que muitas bandeiras são inconstitucionais se apresentadas na Assembleia Legislativa ou na Câmara dos Deputados em forma de projetos de lei, os candidatos alegam que podem atingir seus objetivos provocando debates e até pressionando os governos Estadual e Federal. 

É o caso do vereador Maurílio Romano (PP), candidato a deputado estadual, que, desde 2008, luta para conseguir implantar a Região Metropolitana. 

Foram mais de 10 ofícios destinados ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) –a maioria entregue pessoalmente– e dezenas de viagens aos 32 municípios da região que também seriam contemplados.

“A Região Metropolitana é importante, pois envolve muitas áreas importantes, como saúde, educação, segurança pública e saneamento. Tudo é planejado e integrado. É um meio de buscar o desenvolvimento em conjunto”, destaca.

A implantação, que depende de articulação política e “vontade do governador”, também é bandeira do vereador André Luiz da Silva (PCdoB), candidato à Assembleia Legislativa. 

Para ele, “seria uma forma de valorizar o interior, que responde por mais da metade do PIB do Estado”. 

André defende a repactuação de alguns recursos, como da Saúde, para que os municípios não precisem ficar com o “chapéu nas mãos” implorando por verbas. O postulante também tem como bandeira a implantação de um plano de carreira para os funcionários públicos estaduais.

E se a maioria dos candidatos elenca bandeiras, há pelo menos um postulante em Ribeirão que prefere prestar contas ao eleitor. Deputado estadual há 16 anos, Rafael Silva (PDT) diz que “o político que promete muito é porque mente muito para o eleitorado”.  

Para ele, o eleitor precisa tomar cuidado com propagandas hollywoodianas: “A corrupção começa na campanha”.

No próximo domingo, em uma nova reportagem especial, o A Cidade mostrará quais serão as bandeiras dos candidatos “novatos” da cidade pelo voto.

Propostas diferentes chamam atenção

Ligado à comunidade católica, o vereador Rodrigo Simões (PP), candidato a deputado federal, tem como bandeira principal a extinção da taxa cobrada pelo ECAD (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) sobre direitos autorais de músicas em eventos beneficentes promovidos por igrejas e entidades sociais.

“O ECAD massacra as entidades tirando uma fatia considerável e injusta da arrecadação dos eventos beneficentes, que beneficiaria pessoas pobres, realmente necessitadas”, diz. 

Tão diferenciada quanto a bandeira de Rodrigo é a do vereador Giló (PR), que concorre à Assembleia. O candidato defende a extinção dos pedágios ou do IPVA (Imposto Sobre Propriedade de Veículos Automotores). “Não sou contra os pedágios, mas não tem sentido termos dois impostos com o mesmo propósito de manutenção das vias. Temos que acabar com um”.



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