Um quinto dos candidatos diz que política é profissão

16/07/2014 09:52:00

Baleia Rossi e Rafael Silva dizem que a profissão deles é 'deputado'

Dos 23 candidatos locais divulgados, cinco colocaram o cargo político que exercem atualmente como ocupação profissional junto ao banco de dados do TRE (Tribunal Regional Eleitoral). Os dados divulgados também mostram que estão na disputa quatro advogados, dois servidores públicos, dois engenheiros, dois aposentados, um médico, um comerciante, uma psicóloga, um jornalista e um radialista.

Os políticos de “carteira assinada” são Baleia Rossi e Rafael Silva, ambos deputados estaduais, e os vereadores André Luiz da Silva, Giló e Ricardo Silva. Apenas o candidato Estevan Martins de Campos que preencheu a ocupação como “outros”.

Arte / A Cidade
Veja lista com o perfil dos candidatos em Ribeirão Preto (Arte / A Cidade)

 

Poucas mulheres
Apenas duas mulheres são candidatas nas eleições de outubro: Raquel Montero (PT) e Wilma Malta (PSD) concorrem a uma vaga na Assembleia.

Apesar de a legislação prever que 30% das candidaturas sejam de mulheres, o índice foi de 28,9%. O número é do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que nos últimos meses fez uma campanha para aumentar a participação da mulher na política. O resultado foi de um aumento de 7%.

Na disputa pela Câmara dos Deputados, as mulheres chegam a 29,7%, somando 1.926 nomes dos 6.488 candidatos — em 2010 foram 22,2%. Entre os candidatos às Assembleias, as 4.510 mulheres correspondem a 29,1% das 15.478 candidaturas requeridas - em 2010 foram 22,8%.

Para a cientista política Maria Teresa Kerbauy, a pequena participação das mulheres deve-se a dificuldade de inserção na organização política, ao acesso limitado aos recursos partidários e a abdicação de parte da vida pessoal. “Não adianta se candidatar e não ter recursos para campanha”, diz.

Segundo o advogado Guilherme Paiva Correa da Silva, especialista em Direito Eleitoral, os partidos e as coligações não podem preencher a cota feminina com candidaturas masculinas.

“Em geral, os partidos não cumprem essa cota. Recentemente o próprio presidente do TSE, ministro Marco Aurélio, defendeu punição aos partidos que não cumprirem os 30% da cota feminina. O ministro defende que muitas vezes as mulheres são usadas como laranja, apenas para cumprir a exigência da lei, se candidatam, mas não recebem apoio do partido”, ressaltou. 



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