Os computadores eram utilizados por funcionários comissionados ou terceirizados, desligados da pasta
Os computadores da Secretaria de Esportes deixados pela gestão Dárcy Vera estavam com arquivos eletrônicos apagados.
Neles havia 54 pastas de organização e controle do almoxarifado, mas todas vazias. Algumas máquinas haviam passado por formatação recente. A denúncia foi feita pelo atual secretário, Ricardo Aguiar, anteontem na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Câmara que investiga o Parque Permanente de Exposições. Ele diz que os computadores eram utilizados por funcionários comissionados ou terceirizados, desligados da pasta.
Sem controle
Aguiar reafirmou, conforme A Cidade já mostrou, que não havia controle sobre receitas e despesas do Parque Permanente lançadas, muitas vezes, por recibos manuais. Em 2017, o local arrecadou R$ 150 mil com aluguel para eventos como o festival João Rock. Não há relatos de quanto foi recebido em 2016. Para Orlando Pessoti (PDT), presidente da CPI, as denúncias são "gravíssimas" e indicam "desvio de dinheiro público e improbidade administrativa".
Oitiva de Luchesi
A Secretaria de Esportes era comandada por Layr Luchesi preso em Tremembé em razão da Operação Sevandija. Pessoti diz que a CPI tentará ouvi-lo na prisão. Fábio Boleta, advogado de Luchesi, afirmou ao A Cidade que está levantando a documentação relativa ao Parque Permanente, comprovando que seu cliente agiu dentro da legalidade na gestão da pasta.