Exploração da publicidade nos pontos de ônibus em Ribeirão sob suspeita

09/12/2017 14:56:00

CPI apura ligação suspeita entre Consórcio PróUrbano, empresa Mídia Pull, e réus da Sevandija

Matheus Urenha / A Cidade

 

A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do contrato de concessão do transporte coletivo urbano solicitou ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) que investigue o contrato de exploração das publicidades nos pontos de parada dos ônibus.

O ex-secretário da Administração do governo Dárcy Vera (sem partido), Marco Antonio dos Santos, réu na Operação Sevandija, concedeu ao Consórcio PróUrbano o direito de explorar a publicidade nos mais de 400 pontos. O PróUrbano, por sua vez, contratou a empresa Mídia Pull.

Segundo o a atual secretário de Governo, Angelo Pessini, essa autorização dada por Marco Antonio foi irregular. Em outubro, Pessini suspendeu o direito do PróUrbano explorar a publicidade e a prefeitura lançou uma Proposta de Manifestação de Interesse (PMI) para as empresas interessadas se manifestarem.

Ocorre que, de acordo com as investigações da Operação Sevandija, a Mídia Pull teria recebido cheques da advogada Maria Zuely Librandi e repassado o dinheiro para Marco Antonio e a namorada dele, Telma Alves. Zuely e Marco Antonio são réus na Sevandija.

O presidente da CPI, vereador Marcos Papa (Rede), foi pessoalmente conversar com o promotor Leonardo Romanelli. Pelas contas do parlamentar, nos três anos que o serviço foi explorado pelo Consórcio e pela Mídia Pull, a publicidade teria rendido R$ 3 milhões ao mês.

Outro lado

Por meio da assessoria de imprensa, o Consórcio PróUrbano negou estar envolvido em qualquer esquema montado pela prefeitura (confira a nota completa abaixo).

O ACidade ON não conseguiu entrar em contato com a empresa Mídia Pull e não localizou os advogados de Zuely e Marco Antonio. Os dois estão presos pela Operação Sevandija.

Nota do PróUrbano

"O Consórcio PróUrbano repudia com veemência as acusações apresentadas pelo vereador Marcos Papa ao Ministério Público. Mais uma vez, o vereador incorre em crime de calúnia contra o Consórcio.

Mais uma vez, o mesmo acusa a existência de desvios em verbas de publicidade, mas em todas as oportunidades que teve, jamais apresentou prova desses desvios, até porque o PróUrbano é o maior interessado na investigação dos fatos e recuperação de valores que possam ter sido desviados, o que não se acredita ter ocorrido.

Mais uma vez o vereador age de forma irresponsável fazendo denúncias infundadas e sem qualquer comprovação.

O PróUrbano está (como esteve sempre) à disposição do Ministério Público e demais autoridades para esclarecimentos que se fizerem de rigor.

Importante lembrar que partiu do Consórcio o pedido de investigação junto ao Ministério Público para apuração dos fatos referidos pelo Vereador Marcos Papa, onde o mesmo poderá apresentar as provas do que alega.

A direção do PróUrbano reafirma seu compromisso de submissão à lei e as determinações do Poder Público de Ribeirão Preto.”

 

 



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