Plenário ficou completamente lotado com a presença vigilantes, ambulantes e guardas
A Câmara derrubou ontem, durante sessão, o projeto do Executivo que pretendia dar poder para a GCM (Guarda Civil Municipal) de Ribeirão Preto aplicar multas de trânsito. O plenário ficou completamente lotado com a presença vigilantes, ambulantes e guardas municipais.
O embate entre os vereadores foi grande e o placar apertado: 14 votos contrários e onze a favor.
“O prefeito deu com uma mão, chamando 50 novos guardas municipais, e está querendo tirar com ‘as duas’. Guardas municipais são para cuidar de escolas e postos de saúde”, disse Elizeu Rocha (PP).
Já Marcos Papa (Rede), teve outro entendimento. “A intenção é deixar os policiais militares atendendo ocorrências, não fiscalizando o trânsito”, explicou.
“Não sou contra a proposta, mas sou contra o projeto da forma que ele foi encaminhado para a Casa. Não vejo a prefeitura querendo reestruturar o trânsito”, criticou Renato Zucoloto (PP).
Maurício Gasparini (PSDB) rebateu. “Esse projeto desonera a Polícia Militar”, disse. Igor Oliveira (PMDB) pediu que a prefeitura dê mais estrutura para a Guarda Municipal antes de colocá-la para aplicar multas. “Vamos investir na Guarda, dando viaturas e aumentando o efetivo”, falou.
Vigilantes
A sessão também foi marcada pela presença ‘em peso’ dos vigilantes. Eles foram pedir a aprovação - e tiveram sucesso - para um projeto do vereador Orlando Pesoti (PDT), que obriga os organizadores de eventos em Ribeirão Preto a contratarem o serviço se seguranças especializados.
Governo diz que população perde
Para o secretário de Governo, Nicanor Lopes, foi a população quem perdeu com a recusa da Câmara autorizar a Guarda Civil Municipal a aplicar multas. “Respeito a decisão do Legislativo, mas hoje a maioria das grandes cidades usa a Guarda Municipal para fiscalizar o trânsito”, analisou. “Temos um exemplo bem claro na porta das escolas, com a fila dupla e estacionamento em local não permitido. Hoje, o guarda civil municipal precisa chamar a Polícia Militar porque não pode multar”, explicou.