O vereador Waldyr Villela, que também é dentista, foi flagrado atuando como médico (foto: Milena Aurea - 01.mar.2016 / A Cidade)

A pedido do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e da Polícia Civil, a Justiça afastou o vereador Waldyr Villela (PSD) do mandato de vereador. Ele também está proibido de entrar na Câmara, manter contato com seus assessores e deixar a cidade. 

Na manhã desta sexta-feira (11), a Mesa Diretora da Câmara foi comunicada do afastamento, determinado por medida cautelar deferida na quinta-feira (10).

Em 26 de julho, A Cidade revelou com exclusividade que o vereador, apesar de ser dentista, realizava consultas médicas em um ambulatório clandestino no bairro Tanquinho, utilizando assessores parlamentares e o veículo oficial da Câmara.

Na quinta-feira passada, Gaeco e Polícia Civil cumpriram mandados de busca e apreensão no gabinete do vereador na Câmara, no ambulatório e em sua residência.

Segundo o delegado Gustavo Alves, do setor de inteligência da delegacia Seccional da Polícia Civil, ele já era alvo de investigação desde o início de junho.

Vilela é suspeito de praticar crimes de associação, exercício irregular de medicina, uso de documento falso, e corrupção passiva e ativa.

Segundo nota enviada pelo Gaeco, “durante as buscas na clínica clandestina, os armários exibiam sinais de recente retirada de material, estando esvaziados, não sendo encontrados agendas, cadernos de atendimento, fichários de pacientes, ou outras anotações típicas à atividade”.

As investigações ainda estão em andamento pelo Gaeco e Polícia Civil.

Após reportagem do A Cidade, Vilela pediu afastamento alegando problemas de saúde. Anteontem (9), porém, ele retomou as funções. Na noite desta quinta-feira (10), ele participou da sessão da Câmara.

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