A Câmara e a Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto estão divulgando balanços dos trabalhos realizados no primeiro semestre de 2017. O foco que é exaltado é o da economia de dinheiro.

O Executivo conseguiu reduzir o déficit previsto para o orçamento em 2017 de R$ 350 milhões para R$ 119 milhões. “O governo está se esforçando para colocar as contas em dia. Recebemos uma terra arrasada”, disse o secretário da Casa Civil e de Governo, Nicanor Lopes.

A prefeitura também divulgou um balanço das ações realizadas por meio de uma revista on-line que tem 28 páginas. O governo chamou a revista de ‘180º em 180 dias’.

Já a Câmara teve aumento de cadeiras - são 27 vereadores contra 22 na legislatura passada -, mas mesmo assim o gasto do primeiro semestre foi inferior ao registrado no ano passado.

Para manter a Casa de Leis funcionando nos primeiros seis meses de 2016, o ex-presidente Walter Gomes (PTB) gastou R$ 30.206.790. No mesmo período de 2017, o presidente Rodrigo Simões (PDT) gastou R$ 27.385.981. A redução das despesas foi de R$ 2.820.809.

A economia alcançada tem sido exaltada nos grupos que os vereadores têm nas redes sociais. “Esse gasto total conta com valores das rescisões da gestão anterior da Câmara, que totalizaram R$ 1,5 milhão, e pagamentos de licença-prêmio, de R$ 2 milhões, que não foram pagos no ano passado. Do contrário a economia seria maior”, disse Rodrigo Simões.

Pendência do prédio anexo

Se por um lado a Câmara conseguiu economizar, por outro lado não conseguiu avançar na conclusão da obra do prédio anexo. A construção está parada há quase um ano. Para saber o que será da obra, a Mesa Diretora da Câmara vai encaminhar ainda essa semana o relatório final da CPI que investigou o tema para o Ministério Público. Até agora, o Executivo pagou R$ 6,4 milhões pela obra e não há um levantamento do valor necessário para concluir o prédio.

Balanço inclui economia e obras paradas

15,36%
De acordo com dados do portal Transparência, a prefeitura conseguiu economizar 15,36% nos gastos do primeiro semestre, quando comparando 2016 com 2017. Ano passado, o custo da prefeitura foi de R$ 732 milhões contra 619 milhões este ano.

Cargos
Ainda segundo o portal Transparência, a prefeitura segue aumentando o número de comissionados, mas mesmo assim gastou menos em 2017. O governo tem 129 comissionados, que custaram R$ 3,5 milhões. No ano anterior, eram 220 cargos com gasto de R$ 6,1 milhões.

Parado
No primeiro semestre, a prefeitura patinou em assuntos importantes. A duplicação da avenida Antonia Mugnato Marincek e as demais obras do PAC da Mobilidade não andaram, assim como a construção da UPA Norte e da UPA Sul.