Ex-secretário de Educação de Ribeirão Preto queria prazo de 90 dias para o perito Ricardo Molina analisar os dados do processo
A defesa do ex-secretário da Educação de Ribeirão Preto, Ângelo Invernizzi Lopes, tentou adiar o início das audiências das testemunhas da Operação Sevandija por 90 dias. A alegação era que o perito Ricardo Molina precisaria de 90 dias para analisar os metadados dos áudios dos grampos telefônicos. Mas de acordo com decisão assinada na quinta-feira (13), pelo juiz Lúcio Alberto Eneas, da 4ª Vara Criminal, o pedido foi indeferido.
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De acordo com o embargo de declaração da defesa do Invernizzi, Ricardo Molina, perito contratado pelo ex-secretário, está fora do Brasil e, quando retornar, seria necessário o prazo de 90 dias para analisar as informações. Para o juiz, porém, afirma que os áudios estão disponíveis desde o dia 1º de setembro de 2016, data do início da Operação Sevandija.
“A questão dos ‘metadados’ também já foi amplamente debatida nos autos e a defesa foi atendida no seu requerimento, justamente para que não se alegue qualquer cerceamento de defesa”, escreve o juiz. “A defesa já teve mais de 100 meses (300 dias) para analisar os áudios e confrontá-los com as transcrições feitas pela Polícia Federal”, diz a decisão.
O juiz ainda lembrou que a defesa dos réus arrolou 133 testemunhas, o que vai permitir um tempo razoável para analisar os áudios, incluindo os ‘metadados’, como foi requerido. “Assim indefiro o pedido da defesa de adiamento do início da audiência de instrução”, finaliza o Juiz.
Dispensa
A defesa de Invernizzi também solicitou que a presença dele seja dispensada nas audiências de instrução. Esse pedido, de acordo com o juiz, será apreciado após manifestação do Ministério Público.
O ex-secretário da Educação está preso desde o dia 18 de maio de 2017, em Tremembé. Segundo o apurado, o advogado que defende Invernizzi, Clodoaldo Armando Nogara, esteve com ele em Tremembé nesta sexta-feira (14), discutindo estratégias de defesa.