Palocci tem direitos políticos suspensos e precisa devolver R$ 33 mi

26/06/2017 14:38:00

Ex-prefeito de Ribeirão Preto teve sentença nesta segunda-feira (26) para pena de 12 anos, 2 meses e 20 dias de prisão

Antonio Cruz / Agência Brasil

 

O petista Antonio Palocci Filho, ex-ministro da Fazenda e ex-prefeito de Ribeirão Preto, além de condenado a 12 anos, 2 meses e 20 dias de prisão, teve os direitos políticos suspensos por 24 anos (o dobro da pena) e ainda precisa devolver mias de USD 10 milhões, equivalente a R$ 33 milhões.

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Moro condena Palocci a 12 anos de cadeia

As informações estão na sentença publicada nesta segunda-feira (26), pelo juiz federal de Curitiba-PR, Sérgio Moro. A decisão tem 306 páginas, 861 tópicos e Palocci é citado 648 vezes. Esse caso envolve também o empresário Marcelo Odebrecht, com desvio de dinheiro para campanhas eleitorais em 2008 e 2010, além de disputas eleitorais no Peru e em El Salvador.

“Considerando que o produto do crime de corrupção foi destinado a campanha e, portanto, encontra-se em local incerto, e considerando que o dinheiro é coisa fungível, decreto o confisco de valores equivalentes a USD 10.219.691.08, convertidos pelo câmbio 3,33 (23/06/20170, corrigidos monetariamente pelo IGP-M a partir da presente data e agregando 0,5% de juros simples ao mês.

Imponho tal confisco desde logo aos valores bloqueados nas contas de Antonio Palocci Filho e da empresa Projeto Consultoria, de sua titularidade”, diz uma dos tópicos da decisão de Sérgio Moro.

Moro também fala em sua sentença que Palocci “era o principal administrador da conta corrente geral de propinas”. “Portanto e com base na exposição mais ampla contida na decisão referida, Antonio Palocci filho deverá responder preso cautelarmente eventual fase recursal”, escreve o juiz federal.

Defesa do ex-ministro

O A CidadeON entrou em contato com o escritório que faz a defesa de Palocci. Clique aqui para conferir a resposta da defesa do ex-prefeito de Ribeirão Preto. 

Todos os condenados e absolvidos no processo

Antônio Palocci, ex-ministro: corrupção passiva e lavagem de dinheiro - 12 anos, 2 meses e 20 dias de reclusão;

João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT: corrupção passiva - 6 anos de reclusão;

Eduardo Costa Vaz Musa, ex-gerente da área Internacional da Petrobras: corrupção passiva - 2 anos no regime aberto diferenciado, pois é delator;

Marcelo Bahia Odebrecht, ex-presidente da Odebrecht: até 10 anos de reclusão pelos crimes de corrupção ativa e lavagem de dinheiro, conforme o acordo de delação;

Fernando Migliaccio da Silva, ex-executivo da Odebrecht: lavagem de dinheiro - 4 anos e 6 meses de reclusão, conforme acordo de delação;

Hilberto Mascarenhas Alves da Silva Filho, ex-executivo da Odebrecht: lavagem de dinheiro - 4 anos e 6 meses de reclusão, conforme acordo de delação;

Luiz Eduardo da Rocha Soares, ex-executivo da Odebrecht: lavagem de dinheiro - 6 anos e 9 meses de reclusão, conforme acordo de delação;

Monica Moura, marqueteira do PT: lavagem de dinheiro: 4 anos e 5 meses de reclusão, conforme acordo de delação;

João Santana, marqueteiro do PT: lavagem de dinheiro;

Renato Duque, ex-diretor da Petrobras: corrupção passiva, 5 anos e 4 meses de reclusão;

João Ferraz, executivos da Sete Brasil: corrupção passiva, pena suspensa pelo acordo de delação;

Fernando Migliaccio, ex-executivo da Odebrecht: lavagem de dinheiro , pena de 4 anos e 6 meses de reclusão;

Hilberto Mascarenhas, ex-executivo da Odebrecht: lavagem de dinheiro, pena de 4 anos e 6 meses de reclusão

Luiz Rocha Soares, ex-executivo da Odebrecht: lavagem de dinheiro, pena de 6 anos e 9 meses de reclusão

Olívio Rodrigues, ex-executivo da Odebrecht: lavagem de dinheiro, pena de 7 anos e 6 meses de reclusão

Marcelo Rodrigues, ex-executivo da Odebrecht: lavagem de dinheiro, pena de 3 anos

Branislav Kontic, ex-assessor de Palocci: absolvido

Rogério de Araújo, ex-executivo da Odebrecht: absolvido

FONTE: JUSTIÇA FEDERAL



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