Carlos Cezar Barbosa (PPS) protagonizou mais discussão com servidores públicos em seu perfil no Facebook
Após chamar um munícipe para as vias de fato na semana passada, o vice-prefeito e Secretário de Assistência Social, Carlos Cezar Barbosa (PPS), novamente protagonizou polêmica nas redes sociais ao postar no domingo (9), em um prazo de uma hora, três textos ironizando servidores municipais e o sindicato da categoria.
“Não se sintam aprisionados do injusto serviço público”, disse Barbosa em postagem direcionada aos servidores, afirmando que iria viabilizar empregos para os descontentes (veja postagens).
Barbosa alegou ontem ao A Cidade que não fez ofensas e que tem “todo o respeito do mundo aos servidores”, mas que não se arrepende das postagens. “Falta bom senso no movimento sindical”, disparou (leia abaixo).
Em outra postagem, o vice-prefeito questiona se os municípes preferem “prestigiar os servidores públicos que tem emprego garantido e uma remuneração digna” ou “alavancar nossa cidade, que virou alvo de páginas policiais, inclusive pelos conchavos entre Executivo e sindicato?”.
Barbosa também disse, nas redes sociais, que o “movimento grevista tem o objetivo claro de sabotar o governo Nogueira”.
Ao todo, as postagens tiveram 463 comentários - apoiadores e críticos dividiram o espaço. Alguns servidores relataram a “decepção” com a postura do promotor licenciado. O presidente do Sindicato dos Servidores, Laerte Augusto, disse lamentar os posicionamentos de Barbosa.
‘Não fiz postagens de enfrentamento’
Cezar Barbosa ressalta que as postagens representam a sua visão, e não a do governo.
“Não fiz ofensas ou críticas direcionadas a nenhum servidor. Minhas postagens não são de enfrentamento, mas o bom senso não é favorável a uma greve nesse momento”, disse Barbosa. Ele afirmou, ainda, ter “todo o respeito do mundo pelos servidores, até porque sou um deles”.
Em coletiva de imprensa realizada ontem nos cem dias de governo, ele ainda citou que o vale-aliementação que recebe do Ministério Público é metade do que o dos servidores municipais e que há quatro anos não recebe “um centavo de reajuste”.
O portal da transparência do MP aponta que, em março, Barbosa teve vencimento bruto de R$ 30,6 mil, incluindo salário, vantagens e abono.
Carro cercado e proposta de briga
A relação do vice-prefeito com parcela dos servidores está desgastada desde o segundo dia de greve, quando o carro em que estava foi cercado por trabalhadores descontentes em 31 de março.
Não houve agressões, mas ele demorou cerca de 15 minutos até conseguir deixar o local, e chamou o ato de “vandalismo”.
Quatro dias depois, Barbosa disse a um munícipe que criticava nas redes sociais que na Secretaria de Assistência havia espaço “para acerto pessoal de contas”. Barbosa pediu desculpas e disse que havia perdido a paciência.