Servidores elevam tom contra Nogueira e pedem exoneração do comando da Guarda Municipal

10/04/2017 13:52:00

Nesta segunda-feira (10), funcionários foram impedidos de entrar em prédio da Secretaria da Fazenda após fechamento de portão

Wesley Alcântara / A Cidade
Comandante da Guarda Municipal, Mônica Nociolli fechou o portão da secretaria; veja mais fotos na galeria (foto: Wesley Alcântara / A Cidade)

 

Os servidores municipais grevistas elevaram o tom contra o governo Duarte Nogueira (PSDB) em repúdio a contraproposta de reajuste do salário em 4,69% -a ser pago em três vezes- e chegaram a pedir a exoneração da comandante da Guarda Municipal, Mônica Nociolli, durante manifestação na manhã desta segunda-feira (10). Pelo menos mil funcionários participaram de uma passeata do Palácio Rio Branco até a Secretaria Municipal da Fazenda, onde permaneceram por quase uma hora.

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O pedido de demissão da comandante da Guarda Municipal foi feito pelos grevistas após ela determinar o fechamento da porta da Secretaria da Fazenda e impedir o acesso dos grevistas.

Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores, Laerte Augusto, a atitude da comandante foi uma afronta aos servidores. “Nós não somos bandidos, não. Somos servidores e estamos aqui reivindicando por melhores condições de trabalho. Estamos sendo tratados com desrespeito por este governo tucano”, afirmava Laerte.

Pelo lado de dentro do portão fechado da secretaria, a comandante acompanhava atenta ao discurso dos grevistas. Em alguns momentos, balançava a cabeça numa forma de discordar dos ataques feitos pelos grevistas. “Você não representa essa corporação maravilhosa, que realiza um trabalho excelente em nossa cidade. Pedimos a sua queda”, gritava uma servidora.

Instantes depois dos discursos contra seu trabalho, Mônica voltou a liberar a entrada para o prédio da secretaria. Questionada pelo ACidade ON, a comandante negou qualquer afronta aos servidores.

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Segundo ela, a decisão de fechar o portão foi por questão de segurança e para proteger não só os servidores que estavam trabalhando no local, mas também os grevistas. “Fechamos o portão para fazer uma avaliação sobre a situação. É uma estratégia de trabalho e não uma afronta”, afirmou.

Servidores criticam

Além de entoar um jingle contra Nogueira, os servidores também estavam munidos com faixas e cartazes.

A professora Patrícia Manso segurava um cartaz questionando Nogueira se ela poderia parcelar o IPTU em seis parcelas de 1,42%. A pergunta foi para ironizar a proposta do Executivo em conceder 4,69% de reajuste aos servidores, mas parcelados entre os meses de março e outubro deste ano e janeiro de 2018.

“O melhor capital do Executivo é o servidor público. É um capital humano. Se não investir nessa força humana, fica difícil reconstruir Ribeirão”, disse.

Já a servidora Érica Garcia criticou a falta de diálogo do prefeito com a categoria. “Qual é a dificuldade em conversar com a gente? O que percebemos é que o atual governo quer nos vencer pelo cansaço. Mas vamos brigar pelos nossos direitos”, disse ao ACidade ON.

Na última sexta-feira, Nogueira afirmou em entrevista coletiva que existe diálogo. Nós precisamos de bom-senso. Buscar um entendimento racional e razoável”, reiterou.
 



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