Prefeitura de Ribeirão Preto admite que nem todas as obras do PAC sairão do papel

08/03/2017 10:37:00

Governo afirma que um dos objetivos é estudar os projetos para saber se são realmente necessários à população

Nem todas as obras viárias previstas no pacotão dos R$ 310,6 milhões que Ribeirão Preto foi contemplado em 2013 pelo PAC da Mobilidade sairão do papel. O governo Duarte Nogueira (PSDB) reanalisará todas projetos para decidir o que é ou não necessidade real da população e priorizará as mais importantes já que o custo atual das obras é superior ao de quando foi orçado há 5 anos.

A liberação da verba federal completou ontem quatro anos. No entanto, o Executivo usou até hoje apenas R$ 1,9 milhão para iniciar a duplicação da avenida Antônia Mugnatto Marincek, no Ribeirão Verde.
O secretário de Obras e Infraestrutura Urbana, Pedro Luiz Pegoraro, afirma que a Transerp está reavaliando o Plano de Mobilidade Urbana e já admite que algumas obras podem ser suprimidas.

Uma empresa contratada por quase R$ 7 milhões pela gestão da ex-prefeita Dárcy Vera (PSD) elabora todos os projetos executivos de cada uma das intervenções viárias previstas há quatro anos. “De posse de todos os projetos, vamos definir quais obras vamos começar ou quais serão tiradas”.

A previsão, segundo Pegoraro, é ter todos esses documentos em mãos no segundo semestre deste ano.
Já o superintendente da Transerp, Antônio Carlos de Oliveira Júnior, afirma que houve uma desafagem na planilha de custo das obras, já que elas foram orçadas em 2012.

“Por conta disso, haverá a necessidade de priorizar quais serão as obras a serem realizadas e como conseguir a suplementação de recursos. Em cinco anos, mudou muita coisa na cidade. Então, às vezes, a prioridade que foi colocada lá trás não seja a prioridade que realmente é necessária”, disse.

O superintendente informou, ainda, que o valor liberado pelo governo federal é fixo e a Caixa, que é o agente financeiro, não faz a correção monetária para adequar a realidade. 

Liberação de verba é escalonada

No ano passado, Ribeirão quase perdeu os R$ 310 milhões por conta dos impasses envolvendo o modelo de licitação das obras e o não cumprimento de prazos por parte da prefeitura. Com a renovação do contrato com a Caixa em fevereiro do ano passado, a liberação da verba federal foi escalonada para ocorrer em três anos. Só para 2017 o governo federal colocou à disposição R$ 155 milhões e, para 2018, outros R$ 105,2 milhões. Por meio de nota oficial, a Caixa afirma que os recursos contratados pelo são liberados conforme a realização das obras.

‘É preciso priorizar os corredores de ônibus’

“Com a decisão do Exetivo de retirar algumas obras previstas no pacotão, defendo que seja priorizada a criação dos 56 quilômetros de faixas exclusivas para o transporte público urbano. Ao oferecer esses corredores, os ônibus ganham mais velocidade e passam a ser mais atrativos para os usuários. É preciso apoiar essas ações para desafogar o trânsito de Ribeirão e incentivar as pessoas  a deixarem seus carros em casa para passsar a usar o transporte coletivo. Também defendo que o governo priorize a construção de abrigos nos pontos e melhorar a sinalização viária, além de estudar melhor a construção de viadutos”. Arlindo Antonio Sicchieri Filho, Segundo-vice-presidente da AEARP (Associação de Engenharia e Arquitetura de Ribeirão Preto)

Arte / A Cidade

 

 



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