Injeção de R$ 39 milhões vai para pagamento de fornecedores

17/02/2017 10:56:00

Prefeitura de Ribeirão Preto concretizou a venda da folha de pagamento dos servidores

A Prefeitura de Ribeirão Preto concretizou, na manhã de ontem, a venda da folha de pagamento dos servidores da administração direta e indireta e usará os R$ 39 milhões, que receberá do Banco Santander, para pagar credores.

Ao todo, a folha gira em torno de R$ 90 milhões. Responsável pelas contas do funcionalismo atualmente, a Caixa Econômica Federal (CEF) participou da disputa, mas perdeu por uma diferença de R$ 100 mil – ofereceu R$ 38,9 milhões pela folha.

O contrato tem validade por cinco anos. “O Santander tem oito dias para fazer o crédito, que será usado para pagarmos mais uma parte dos restos a pagar herdados”, informou o secretário da Fazenda, Manoel Jesus Gonçalves.

Com a arrecadação de janeiro, o Governo Duarte Nogueira conseguiu pagar parte dos 368 fornecedores que estavam com pagamento atrasado.

O Santander já gerenciou as contas dos servidores entre 2007 e 2011. Desde janeiro de 2012, a Caixa Econômica é responsável pelo pagamento do funcionalismo, mas o contrato venceu em dezembro do ano passado.

Na época, o governo Dárcy Vera conseguiu vender a folha à CEF por R$ 36 milhões. Já a tentativa de dar fôlego ao caixa no final do ano passado e, assim, diminuir o rombo, fracassou depois que o TCE (Tribunal de Contas) questionou o pregão eletrônico aberto em outubro.

Acertos com desconto

No dia 3 de fevereiro, o prefeito Duarte Nogueira (PSDB) assinou um decreto regulamentando o pagamento de créditos atrasados a fornecedores da prefeitura. O decreto definiu formas de pagamentos, mas impôs descontos entre 10% e 25% para os acertos à vistas em três escalas. Segundo o governo, se os 356 credores aceitassem receber com o desconto, a economia geradas aos cofres públicos seria de R$ 4,3 milhões.

Fracasso no Governo Dárcy

De olho na bolada que seria injetada no caixa, o governo Dárcy Vera tentou vender a folha de pagamento no final do ano passado, mas o pregão foi cancelado depois que o TCE (Tribunal de Contas do Estado) o suspendeu liminarmente. O órgão foi provocado pela vereadora oposicionista Gláucia Berenice (PSDB) que apontou suposto direcionamento. Na sequência, a licitação foi reaberta, mas só teve seu desfecho ontem.

 

Arte / A Cidade
 



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