O TCE (Tribunal de Contas do Estado) julgou irregulares as contas da Coderp referente ao exercício de 2012. Na sentença, o auditor Josué Romero também multou em 200 UFESPs, cerca de R$ 5 mil, o então superintendente Davi Mansur Cury.

Ao todo, foram indicadas 10 irregularidades nas contas de 2012, que vão desde a evolução da dívida e o desrespeito a cronologia de pagamentos até o não recolhimento de encargos sociais. “O não recolhimento destes encargos possui gravidade suficiente para, isoladamente, comprometer contas”, frisou Romero.

Parte da defesa foi acolhida pelo TCE, que entendeu que, ainda assim, as contas analisadas não poderiam ser aprovadas.

Não é a primeira vez que a Coderp tem as contas rejeitadas. Analisada antes, a prestação de 2013, foi julgada irregular por uma série de erros graves.

Apesar de ainda não ter sido notificado, Cury, que chegou a ser preso na Operação Sevandija, recorrerá da decisão. “Estou tranquilo. Tudo foi feito respeitando as normas, conforme orientação do corpo jurídico”, ressaltou.

A prefeitura frisou que a “Coderp não tem mais vínculos com a Atmosphera, que vai incluir no programa de recuperação fiscal do governo federal os débitos relativos aos impostos devidos até 30 de novembro de 2016 e que vem adotando medidas para redução de despesas e reequilíbrio de suas finanças”.

Relação com a sevandija

O TCE apontou vícios graves e julgou irregulares contratos de prestação de serviços entre a Coderp e a Atmosphera, dois principais alvos da Operação Sevandija. O ex-superintendente da companhia Davi Mansur Cury, que chegou a ser preso pela operação, disse ao A Cidade, ontem, que está trabalhando em uma empresa familiar e que, na medida do possível, retomou sua rotina.