Polícia Federal não encontrou irregularidades em ligações feitas pelo ex-vereador de Ribeirão Preto
O ex-vereador e candidato derrotado à prefeitura Ricardo Silva (PDT) teve o telefone celular grampeado por 15 dias pela Polícia Federal, em junho de 2016, devido a suspeitas de que ele integrava o esquema criminoso que atuava na prefeitura.
Após duas semanas, as interceptações foram encerradas a pedido da PF por não terem sido encontradas aparentes irregularidades.
Entretanto, as ligações apontaram que ele tinha constante contato com o advogado Sandro Rovani, que procurou apoiá-lo a pedido do empresário Marcelo Plastino, proprietário da Atmosphera.
Inclusive, a Polícia Federal monitorou presencialmente um encontro entre Sandro e Ricardo no escritório do vereador, na rua Maria Quitéria.
Também levantou a suspeita na Polícia Federal uma reunião entre ele e Dárcy Vera (PSD), bem como uma conversa entre a ex-prefeita e Marco Antonio dos Santos em que cogitavam apoiar o pedetista no segundo turno.
Ao A Cidade, Ricardo diz ver com “naturalidade” o monitoramento e que sempre colocou o sigilo bancário e telefônico à disposição.
“Quero deixar claro meu apoio às investigações da Polícia Federal e do Ministério Público”, afirmou, alegando que o fato de a interceptação ter sido cancelada é prova de que ele não praticou irregularidades.
Fatos que podem respingar no ex-vereador, porém, ainda são investigados pela Sevandija, principalmente a nota de R$ 2 com a lista de repasses ilícitos por Marcelo Plastino, em que consta a sigla RS.
Conforme A Cidade revelou, documentos deixados pelo empresário antes de se suicidar apontam que a sigla seria relacionada ao vereador, que segundo planilhas deixados pelo empresário teria recebido repasses mensais de R$ 15 mil entre abril e junho de 2015 e mais R$ 20 mil de agosto de 2015 a agosto de 2016, totalizando R$ 300 mil.
Ricardo sempre negou veementemente ter recebido dinheiro do empresário e negociado com Dárcy apoio nas eleições, justificando que fazia oposição ferrenha à ex-prefeita.