Dárcy Vera já está no presídio feminino de Tremembé

06/12/2016 19:07:00

Prefeita afastada de Ribeirão esperou por vaga nesta terça-feira (6) na Penitenciária Feminina de Sant'Ana, em São Paulo

Milena Aurea / A Cidade

Dárcy Vera foi presa na Operação Sevandija e está inelegível por oito anos (Foto: Milena Aurea / A Cidade)

 

*Atualizada às 21h50

A prefeita afastada de Ribeirão Preto Dárcy Vera (PSD), presa na última sexta-feira (2) na Operação Mamãe Noel, em conjunto da Polícia Federal e Gaeco do Ministério Público (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), foi transferida nesta terça-feira (6) para a Penitenciária Feminina de Tremembé.

Dárcy deixou a sede da Polícia Federal, em São Paulo, durante a tarde e ficou algumas horas provisoriamente na cadeia de Sant'Ana até o surgimento de uma vaga. ela foi realocada de presídio às 20h40.

Presídio abriga a 'elite'
Conhecido como o “presídio das estrelas” no Estado de São Paulo, a Penitenciária Feminina de Tremembé está localizada a 430 km de Ribeirão Preto.

Na unidade estão “personalidades”, como Suzane von Richthofen, condenada a 39 anos pela morte dos pais; Anna Carolina Jatobá, condenada a 26 anos e oito meses pela morte da menina Isabella Nardoni, e Elize Matsunaga, condenada, esta semana, a 19 anos e 11 meses pelo assassinato, esquartejamento e ocultação do cadáver do marido, o empresário Marcos Kitano Matsunaga, em maio de 2012.

A penitenciária foi alvo da imprensa ribeirão-pretana, há quatro meses, por ter acolhido o ex-deputado federal e ex-vereador Fernando Chiarelli (PTdoB).

Chiarelli, que está solto desde meados de setembro, foi condenado por crime eleitoral a um ano e oito meses em regime semiaberto. O ex-deputado ofendeu Dárcy, na campanha de 2012, quando a prefeita buscava a reeleição.

Sevandija
Dárcy foi presa a pedido da Procuradoria Geral do Estado suspeita de peculato, corrupção passiva e associação criminosa. Ela seria a cabeça de um esquema que desviou mais de R$ 203 milhões da Prefeitura de Ribeirão Preto.

O nome "Mamãe Noel", é uma referência às evidências de que a ex-advogada do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Ribeirão Preto Maria Zuely Librandi repassou, entre 2013 e 2016, mais de R$ 5 milhões aos demais denunciados, em dinheiro e cheques, desviados do Executivo.

O esquema de desvio no Sindicato dos Servidores Públicos Municipais foi descoberto acidentalmente nas investigações da Operação Sevandija, que envolveram interceptações telefônicas, análise de milhares de documentos e investiga o pagamento de propina para a liberação de honorários advocatícios. Por conta do plano Collor, o Sindicato dos Servidores venceu uma ação de R$ 800 milhões contra o poder público.


 



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