Prefeituráveis já gastaram mais de R$ 1,2 milhão

28/09/2016 09:03:00

No 1º turno, cada candidato a prefeito de Ribeirão Preto poderia gastar até R$ 2,5 milhões, segundo a Justiça Eleitoral

Candidatos à Prefeitura de Ribeirão Preto já gastaram mais de R$ 1,2 milhão na disputa eleitoral, de acordo com divulgação oficial no site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O valor corresponde à soma das despesas de oito dos nove prefeituráveis. Somente Alexandre Sousa (PTdoB) aparece como não tendo receita e despesa até agora.

Apesar de expressiva, a soma corresponde apenas à metade do limite de gastos de cada um. Isso porque no primeiro turno, cada prefeiturável de Ribeirão Preto poderia gastar até R$ 2,5 milhões, segundo a Justiça Eleitoral. No segundo turno, o teto cai para R$ 750,7 mil. O candidato Duarte Nogueira (PSDB) registra a maior despesa até agora: R$ 755,9 mil. O segundo maior gasto na corrida pelo Palácio Rio Branco é de Ricardo Silva (PDT), com R$ 365,6 mil, seguido por João Gandini (PSB) com R$ 102,9 mil.

Na outra ponta, Edmur Manfrim (PV) foi o que menos gastou: R$ 2,2 mil. Na sequência, aparece Fábio Zan (Rede) tendo registrado uma despesa de R$ 2,4 mil. A maior fatia de gastos de campanha é com produção de programa eleitoral. Foram R$ 534,4 mil gastos praticamente pelos dois candidatos que lideram as pesquisas: Nogueira e Ricardo. Só com produção, o tucano teve R$ 400 mil de despesa, enquanto o pedetista investiu R$ 127,8 mil. No detalhamento de Gandini, no site do TSE, não consta gasto com produção, assim como no de Wagner Rodrigues (PCdoB). Questionadas, as duas assessorias de imprensa não souberam informar se a despesa tinha outra descrição. 

Impressos e adesivos

Outros gastos de campanha que lideram o ranking são materiais impressos e adesivos. Ao todo, candidatos à Prefeitura de Ribeirão Preto gastaram cerca de R$ 340 mil com impressos e R$ 97,7 mil com adesivos. Ainda de acordo com o portal do TSE, juntos, os postulantes receberam mais de R$ 1,6 milhão em doações. Duarte Nogueira (PSDB) foi o que mais recebeu: R$ 913 mil. João Gandini (PSB) está investindo em sua campanha R$ 147 mil do próprio bolso e o candidato Ricardo Silva (PDT) recebeu doação de R$ 250 mil do PEN.

Longe do limite

Para o cientista político Maximiliano Martin Vicente, diante da crise econômica e da descrença popular, as doações desapareceram e, por isso, os gastos de campanha devem ficar muito abaixo do limite permitido. “A maioria dos candidatos está tirando dinheiro do bolso”, frisou. O especialista diz que chama a atenção a diferença nos gastos com produção de programa eleitoral. “Apesar de algumas agências terem barateado seus custos, somente a qualidade e o tempo poderiam justificar essa diferença gritante”, frisou. Nesta eleição, os candidatos têm 72 horas para declarar doações e despesas. “Eu não brincaria com essa exigência”, disse.

 

Arte / A Cidade



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