Viviane voltou a negar e disse que vai apresentar sua defesa (Foto: Milena Aurea / A Cidade)

O Conselho de Ética da Câmara abriu nesta terça-feira (28) um processo de apuração para investigar o possível uso indevido da estrutura do gabinete da vereadora Viviane Alexandre (PPS), em favor do Instituto Iluminar, presidido pela irmã dela, Patrícia Alexandre. O instituto realiza políticas públicas em prol do bem-estar animal.

Além da abertura do processo, foi eleito também o relator do caso, o vereador Beto Cangussu (PT). Em entrevista ao A Cidade, Cangussu explicou que notificará Viviane a apresentar defesa no prazo de até 10 dias. “Logo após receber a defesa, vou entregar o relatório final do caso para a deliberação dos outros quatro membros do conselho”, explicou.

Além de Cangussu, integram o Conselho os vereadores Waldyr Villela (PSD), Maurílio Romano (PP), Rodrigo Simões (PDT) e Saulo Rodrigos (PRB). Um nova reunião foi agendada para o dia 12 de julho. Entretanto, o encontro pode ser antecipado, caso Viviane entregue sua defesa antes do prazo fixado. Entre as penalidades, caso fique confirmado o uso indevido do gabinete pela vereadora, ela poderá receber desde advertência até responder um processo de cassação.

Questionada a respeito, Viviane afirmou que apresentará sua defesa e voltou a negar o uso indevido do gabinete. “Vou provar que não existe nenhuma irregularidade”, diz.

O Legislativo abriu processo de apuração após representação feita pelo jornalista Rodrigo Leone que, após conseguir o CNPJ do instituto, fez uma pesquisa na Receita Federal. O telefone do Iluminar é o mesmo do gabinete de Viviane. “É um forte indício que ela usa a estrutura do gabinete em favor do Iluminar”, afirmou o jornalista.

Após o levantamento das informações, Leone decidiu ligar para o gabinete durante um programa de rádio no qual é um dos apresentadores. Na ligação, transmitida ao vivo pelo programa, uma das assessoras de Viviane atende a ligação de Rodrigo e confirma, inclusive, que é tesoureira do instituto.