Indefinição trava articulação política entre Prefeitura e Câmara

30/07/2015 10:34:00

Pedido de demissão de Isabel de Farias e disputa por espaço atrapalha negociação

Weber Sian / A Cidade
Isabel de Farias, secretária de Governo de Dárcy, sofre resistência de parte do governo (foto: Weber Sian / A Cidade)

O pedido de demissão da secretária de Governo, Isabel de Farias, e a disputa por espaço de outros nomes do primeiro escalão da Prefeitura de Ribeirão Preto, deixa o governo Dárcy Vera (PSD) enfraquecido na semana que antecede o retorno das sessões da Câmara, que promete uma pauta polêmica na próxima semana.

Na lista, a votação do veto da prefeita ao projeto que “enterra” a construção da Estação Catedral e ainda uma tentativa de emplacar a criação da taxa de coleta de lixo, que tem ampla rejeição dos vereadores e precisaria de muita negociação para ser votada.

Vereadores da base aliada ouvidos por A Cidade afirmaram ontem que a tendência será derrubar o veto ao projeto de lei que proíbe a construção da Estação Catedral. “Como o próprio governo não está entrosado, cabe a nós votar de acordo com o nosso entendimento”, afirmou um vereador, que pediu anonimato.
Segundo os aliados de Dárcy na Câmara, o Executivo não buscou qualquer diálogo a respeito durante o recesso. “A prefeita precisa resolver essa briga interna entre secretários. O Executivo está perdendo sua governabilidade”, disse outro parlamentar.

Grupo de Luchesi mira
Corre nos bastidores que há um movimento interno no Palácio Rio Branco para que um nome indicado pelo secretário da Casa Civil, Luchesi Junior, assuma a Secretaria de Governo, caso a saída de Isabel seja concretizada nos próximos dias.

Questionado a respeito, Luchesi nega qualquer intenção de indicar um novo secretário. Já um grupo de vereadores defendem que o superintendente do Daerp e da Coderp, Marco Antônio dos Santos (PSD), assuma a secretaria.

Fusão com Casa Civil também é especulada

Outro assunto que voltou a tona nos últimos dias envolve a fusão da Secretaria de Governo com a Casa Civil. Essa possível fusão geraria uma economia em torno de R$ 300 mil por ano para os cofres públicos. Questionado a respeito, o secretário da Casa Civil, Luchesi Junior (PSD), afirma ser contra. “Não concordo com a fusão porque haverá perda de representatividade. A Casa Civil tem tarefa mais técnica. O governo fica responsável pela articulação política”, diz.

Isabel não foi encontrada ontem para comentar o assunto. Executivo também não se manifesta. 



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