Pense bem: qual candidato merece seu voto em 2016?

03/07/2015 09:30:00

Especialistas ouvidos pelo A Cidade fazem uma lista para ajudar a escolher qual nome merece confiança

Histórico, partido, conhecimento, confiabilidade, comprometimento e perfil ideológico. Esses são os principais critérios que devem ser levados em conta na hora de escolher um “bom candidato” a vereador na opinião de especialistas e lideranças ouvidas pelo A Cidade.

Avaliar o histórico do político é considerado um critério básico pela maioria dos entrevistados. “É importante pesquisar a vida do candidato, saber o que ele faz profissionalmente, se ele já ocupou cargo político, como foi sua atuação, e, claro, se é ficha limpa”, destacou o cientista político, Maximiliano Martin Vicente. Para o especialista, o grau de escolaridade deve ser levado em conta, apesar de não dever ser fundamental. “Nada contra quem não tem, mas quanto mais estudo, mais ampla é a visão, e políticos tratam de projetos e leis”, emendou.

Vicente também defende que o eleitor avalie o partido do político e o entrosamento de ambos. “É importante saber se o candidato participa da vida política de sua legenda e se é coerente com o que o partido propõe”, diz.

Para escolher seu candidato o secretário executivo do Ferp (Fórum das Entidades de Ribeirão Preto), Cantídio Bretas Maganini, avalia o conhecimento que o político tem dos problemas gerais da cidade. “O postulante precisa ter pelo menos conhecimento básico dos problemas do município, não basta conhecer apenas as dificuldades dos bairros em que atua”, enfatiza.

Como se apresentar
A confiabilidade do político é trabalhada pelo próprio postulante, por profissionais de comunicação e por dirigentes partidários. “Esse é o maior capital político e faz toda a diferença na campanha. O candidato precisa ser bem apresentado, estar seguro de sua candidatura, confiar em si mesmo e ter o apoio da família e de seus correligionários para expor suas ideias com tranquilidade”, ressaltou o especialista em marketing político, Yuri Félix Araújo.

Se não houver confiabilidade, o político pode demonstrar fraqueza e jogar sua candidatura por terra. “Ele ficará mais preocupado em atacar seus adversários do que expor suas ideias”, frisa.

Arte / A Cidade
Veja dicas para escolher o candidato antes de votar (Arte / A Cidade)

 

Propostas constitucionais

O secretário executivo do Ferp (Fórum das Entidades de Ribeirão Preto), Cantídio Maganini, defende que as propostas do candidato sejam analisadas também sob a ótica da constitucionalidade. “Está havendo uma inversão muito grande. Ultimamente os vereadores querem fazer projetos de lei que são de competência do Executivo”, criticou.

As propostas do candidato também são avaliadas por Marco Aurélio Damião, especialista em Administração Pública. “É preciso ver se não são demagógicas.”

Para Damião, o grau de escolaridade não tem tanta importância quanto a postura profissional. “E se o candidato já ocupou cargo político é fundamental saber qual foi seu desempenho, se tinha uma postura de independência e também qual era seu grau de comprometimento”, frisa.

Perfil mostra afinidade

O perfil ideológico é o principal critério usado pelo advogado Guilherme Paiva Correa da Silva, especialista em Direito Eleitoral, em todas as eleições, na hora de escolher seus candidatos.
“Busco um perfil parecido com o meu. Procuro um candidato que defenda as mesmas ideias que as minhas para me representar. Hoje em dia a gente se satisfaz se o político não for corrupto, mas isso não basta, não é mais que obrigação. Ter ideologia parecida é importante”.

O especialista também defende que o candidato participe ativamente da vida política de seu partido. Silva ainda afirmou considerar natural que os políticos priorizem, por meio de projetos, seus bairros de atuação ou seus segmentos de eleitores na sociedade.



 



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