Servidores recusam proposta do Governo e marcam novo ato

16/04/2014 07:18:00

Cerca de 400 pessoas participaram de assembleia em frente à Câmara, ontem; categoria quer 12% de aumento mais inflação

Deivide Leme/Tribuna Impressa
Funcionários públicos recusaram proposta enviada pela Prefeitura por unanimidade, durante ato em frente a Câmara

Embora a chuva tenha arrefecido os ânimos, pelo menos 400 servidores municipais participaram, ontem, de assembleia em frente à Câmara de Araraquara.

A categoria, mobilizada pelo Sismar (Sindicato dos Servidores Municipais de Araraquara) recusou proposta do prefeito Marcelo Barbieri (PMDB) e agendou uma nova manifestação para dia 29.

A pauta de reivindicação dos servidores contém três pontos principais: reposição da inflação, que deve ficar entre 5% e 6%, aumento real de 12% (que seria referente a perdas salariais acumuladas) e elevação do vale-alimentação de R$ 330 (valor atual) a R$ 638 (valor que passou a ser pago aos 116 funcionários da Câmara Municipal).

A oferta do Executivo, no entanto, frustra boa parte das expectativas. Como adiantado pela Tribuna Impressa na edição de ontem, a Prefeitura apresentou ao Sismar uma proposta que prevê reposição da inflação e só neste momento. O Governo sinaliza para abertura de negociação, em que se comprometeria em eliminar as perdas de 12% até o final do mandato de Barbieri.

Protesto
Embalados pela provocativa “Ei você aí. Me da um aumento aí, me dá um dinheiro aí. Não vai dar? Não vai dar não? Você vai ver a grande confusão”, parte dos servidores entraram na Câmara para apresentarem o movimento aos vereadores, que estavam em sessão ordinária.

Pelos corredores, 11 guardas municipais, mais seguranças que prestam serviço ao Legislativo. No entanto, a manifestação foi pacífica e não houve nenhuma intervenção.

O diretor do Sismar, Luciano Fagnani, da galeria, pediu ajuda dos vereadores para que o prefeito Marcelo Barbieri considere os pleitos da categoria. “Estamos pedindo para o prefeito discutir uma proposta. Ou isso, ou toda terça-feira estaremos aqui”, afirmou o sindicalista.

A sessão chegou a ser suspensa por cinco minutos, tempo suficiente para os servidores darem seu recado.

Uma nova assembleia foi marcada em frente à Câmara para o próximo dia 29, às 18h. De acordo com o presidente do Sismar, Valdir Teodoro, a Prefeitura será notificada hoje sobre a recusa da proposta enviada. E um movimento maior deve ocorrer em 15 dias. “Queremos sentar e conversar, queremos ser valorizados. Estamos realizando uma grande movimentação daqui 15 dias e colocamos o dia 15 de maio como data-limite para negociar o valor.”

Segundo o vereador Aluísio Braz (PMDB), líder do Governo na Câmara, o prefeito está dando de aumento o que é possível pagar. Segundo ele, não adianta aumentar agora e não conseguir honrar a folha de pagamento. “De todo jeito, estamos construindo um acordo”, afirma.

Na sessão

Na sessão de ontem, os vereadores aprovavam projetos como a abertura de créditos adicionais de R$ 3 milhões para a Gota de Leite, além de R$ 1,5 milhão para a construção do Centro de Educação e Recreação Nova Cecap. E também crédito de R$ 33,6 mil é para a aquisição de pães para os usuários da Casa Transitória e Centro Pop. 



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