Álvaro Dias cita Marcola ao falar da possível candidatura do Lula

13/07/2018 18:47:00

Senador que é pré-candidato à Presidência da República aposta na baixa rejeição para ser eleito

Álvaro Dias, que é pré-candidato à Presidência da República, aposta na baixa rejeição para ser eleito (Foto: Weber Sian / A Cidade)


"Lancem a pré-candidatura do Marcola* e ele estará liberado, estará livre". A resposta é do senador e pré-candidato à Presidência da República, Álvaro Dias (Podemos), após ser perguntado se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem o direito de disputar a eleição 2018.  

O senador esteve nesta sexta-feira (13) na redação do ACidade ON, falando da disputa eleitoral de 2018. Para Álvaro Dias, Lula só será candidato "se estivermos brincando de democracia". "Aqueles que colocam o preso como candidato estão ofendendo as pessoas de bem deste País. A Lei da Ficha Limpa foi sancionada pelo ex-presidente que está preso. Ele é inelegível. Esse assunto nem deveria estar sendo discutido", disse.  

Sobre o troca-troca de partidos na carreira política, já passou por, pelo menos, seis , Álvaro Dias afirma que sempre mudou fugindo da "promiscuidade". "Não temos partidos no Brasil, temos apenas siglas. Aliás, uma fábrica de siglas alimentada pelo fundo partidário", explicou.  

Nas várias pesquisas de intenção de votos realizadas até agora, o nome de Álvaro Dias não aparece entre os quatro primeiros. Para ele, porém, isso não é significativo. "No meu ponto de vista, o importante é a rejeição. No momento em que os políticos estão com a credibilidade no chão, você ter índice de rejeição diminuto é o que motiva. Então o desempenho é significativo. Se eu tivesse a rejeição dos outros candidatos deixaria política", disparou.  

O senador ainda garantiu que, se eleito, não vai trocar cargo por apoio político. "A primeira mudança é na hora de escolher os ministros. Não vai ter indicações partidárias. Mas vai ter o melhor para cada lugar. O ministro da Fazenda será o melhor, não importa em quem ele votou. A meta é ganhar o apoio da população, para depois, no Congresso, realizar as reformas que são necessárias", finalizou.  

*Marcos Willians Herbas Camacho, mais conhecido como Marcola, é considerado pelas forças de segurança de São Paulo como o líder da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Condenado a mais de 200 anos de reclusão, ele está preso desde 1999. 




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