Denúncias contra policiais estão em queda (Arte / A Cidade)

O número de denúncias referentes à atividade policial na região de Ribeiro Preto diminuiu cerca de 15% em relação ao primeiro semestre do ano passado.

De janeiro a junho de 2013, foram 255 denúncias contra 217 no mesmo período deste ano. Os dados foram divulgados pela Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo.

Entre as principais queixas formalizadas estão as solicitações de policiamento (33), infrações disciplinares (26), má qualidade no atendimento (24), solicitações de intervenção em ponto de drogas (22) e reclamações contra superior hierárquico (20).

As denúncias relativas às solicitações de policiamento e de intervenção em ponto de drogas aumentaram 37,5% e 100%, respectivamente.

A Ouvidoria contabilizou 33 denúncias sobre solicitações de policiamento nos seis primeiros meses deste ano e 24 em 2013.

Quanto às denuncias sobre solicitações de intervenção em ponto de drogas, o órgão registrou 22 no primeiro semestre de 2014 e 11 no mesmo período do ano passado. O volume de denúncias registradas na região corresponde a 5% do total do Estado. Somando as denúncias feitas aos 10 Deinters (Departamentos de Polícia Judiciária do Interior) e CPIs (Comandos de Policiamento do Interior), ao Decap(Departamento de Polícia Judiciária da Capital), CPC (Comando de Policiamento da Capital) e ao Demacro (Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo) e CPM (Comando de Policiamento Metropolitano), o total foi de 4.191. 

Registros são repassados para corregedoria

O ouvidor Júlio César Fernandes Neves explica que todas as denúncias são repassadas para a corregedoria de polícia correspondente à área do fato. "Se o caso for mais grave, como denúncias de homicídio, encaminhamos para o Ministério Público", disse.

Segundo Neves, a Ouvidoria acompanha a denúncia e, se comprovada a conduta irregular, o policial pode receber desde uma advertência até a pena de expulsão e reclusão.

O ouvidor esclarece que os resultados das denúncias não são mensuráveis, pois o julgamento dos policiais pode demorar anos para acontecer. "Em setembro de 2001, por exemplo, um policial foi denunciado por homicídio e a condenação só veio na semana passada", lembrou.

Por meio de nota, a Polícia Militar reconheceu a importância da participação popular na depuração interna de policiais. "Somos legalistas e não compactuamos com desvios de condutas praticados por policiais militares."