Padre revela ao delegado como Sargento Arruda foi morto

20/02/2018 12:38:00

O policial foi até Matão averiguar a denúncia de extorsão contra padre Edson Maurício

 
Três policiais foram com o Sargento Paulo Sérgio Arruda, de 43 anos, até Matão, para averiguar a denúncia de extorsão feita contra o padre Edson Mauricio, de 50 anos. A informação é do próprio pároco, em depoimento ao delegado Marlos Marcuzzo, que está à frente das investigações.  

Segundo Edson Mauricio disse à polícia, ele teve um envolvimento de foro íntimo com um dos acusados há alguns meses. Desde do início de fevereiro, o rapaz de 32 anos fazia ameaças e exigia R$ 80 mil para não fazer revelações sobre o padre. Sem dinheiro para pagar a quantia, Edson chegou a negociar e o rapaz baixou o valor para R$ 60 mil.  

O padre então com medo, veio para Araraquara conversar com um amigo, que trabalha no segmento de comércio de veículos. Este amigo disse que iria pedir orientações para alguns policiais que conhecia.  

O delegado afirmou que ainda não está claro como o garagista conversou com o Sargento Arruda. Se foi por acaso ou se houve um encontro.  

Na noite da última segunda-feira (19), Arruda e outros três policiais, que estavam de folga seguiram então para Matão à paisana para averiguar o que estava acontecendo.  

O padre contou ao delegado que os quatro policiais foram em um veículo e ele, o garagista e outras duas pessoas, foram em um segundo veículo.  

Na casa do padre, os policiais entraram e o pároco recebeu novamente uma ligação do rapaz que disse que iria até a casa dele.  

O rapaz chegou com outros dois homens, em duas motos. Eles entraram na casa do padre e quando encontraram o Sargento Arruda começaram a atirar.  

Três tiros foram disparados contra Arruda, dois atingiram o peito do policial e um a parede. Os outros três policiais estariam em outro cômodo da casa e não foram atingidos.  

Os três homens fugiram tomando rumo ignorado. A polícia já tem a identificação deles e segue fazendo buscas por Matão e pela região.  

Em nota oficial, a Diocese de São Carlos, diz que está verificando o ocorrido e aguarda a investigação da polícia. Além disso, iniciou os procedimentos cabíveis no âmbito eclesial.  


 



    Mais Conteúdo