A frieza do depoimento assusta. Não somente pela riqueza de detalhes como pela calma ao contar como matou e também como criou estratégias para carregar o corpo e limpar o sangue espalhado pela casa e quintal. Esse é o relato, em vídeo, de Leonardo Felipe Carvalho Santos, de 18 anos, preso ontem acusado de Paulo César Marchini, de 50 anos. Ele é do Taquaral, distrito de Rincão e jogou o corpo no rio que atravessa o local. (Assista ao vídeo nesta página)

Ele foi preso por policiais civis de Guatapará. Paulo César Marchini foi assassinado no dia 26 de janeiro. À Polícia Civil, Leonardo contou que ficou nervoso após Paulo César ter "mexido" com a mulher e enteada dele, que também moram no local, e deu uma cadeirada no homem dentro da casa. O jovem arrastou o corpo de Paulo César para fora da residência, lhe dando mais algumas pauladas.

Em seguida, Leonardo cortou o pescoço de Paulo César e abriu o corpo usando um facão, o jogando em um rio com a ajuda de uma carriola. Os cortes, segundo Leonardo, foram feitos para que o corpo não boiasse. No vídeo ele conta que limpou com uma bucha o sangue marcado na parede da casa. Já o sangue do quintal ele escondeu de outra forma. "Joguei gasolina e pus fogo".

O jovem de 18 anos afirma que o facão e a carriola foram descartadas no rio. "Chegando aqui eu desci na parte debaixo do barranco, joguei ele e, depois, joguei a carriola". E não ficou assim. "Eu desci para empurrar", conta o jovem ao policial civil que tinha a intenção de ver o corpo ser levado pela correnteza. Com base nas informações, policiais civis e Bombeiros fizeram hoje buscas pelo corpo no rio. Até o momento, sem sucesso.