Alexandre Ferreira da Costa foi preso na rodoviária de Ribeirão Preto; clique para assistir ao vídeo (foto: Reprodução / EPTV)

O motorista Alexandre Ferreira da Costa, 44 anos, disse na manhã desta terça-feira que não viu o acidente que matou o motociclista Danilo Braga Eroico, 33, na madrugada do dia 28 de novembro, por isso não parou para socorrer a vítima.

Ele afirmou que pensou que tivesse batido contra outro carro e que ainda saiu do local preocupado com os danos no próprio carro. “Eu juro pela vida da minha mãe que pensei que fosse um carro. Como olhei pelo retrovisor e não vi nenhum carro fui embora preocupado com o meu carro, como se isso fosse importante”, disse.

Veja vídeo do acidente

Veja vídeo da entrevista

Alexandre concedeu entrevista na manhã desta terça-feira enquanto era removido da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) para a Cadeia de Santa Rosa, onde vai aguardar até ser interrogado pelo delegado Alexandre Jorge Dahur Filho, responsável pelas investigações.

Ele foi preso no fim da noite de segunda-feira (11) no Terminal Rodoviário. A suspeita é de que estivesse tentando fugir da cidade, mas ele nega. “Eu estava chegando.”

O motorista repetiu mais de uma vez que o acidente foi uma fatalidade. “O que aconteceu comigo foi um acidente, poderia ter acontecido com qualquer um.”

Alexandre disse que furou o sinal verde porque viu que o sinal já estava amarelo para quem vinha pela rua Henrique Dumont e que não parou porque o local é perigoso. “Ele (Danilo) estava a 130 km por hora.”

O motorista também negou que estivesse alcoolizado na noite do acidente. “Eu treino. Não bebo faz um ano e oito meses.”, afirmou.

Disse que foi aconselhado a não se entregar porque estava sendo ameaçado por familiares de Danilo. “Ameaçaram botar fogo no meu carro”.

Travesti

Alexandre se recusou a comentar o homicídio do travesti Paulo Vicente Lopes da Silva, o Paulete. “Você leu o processo? Se leu vai ver que não fui eu que fiz aquilo”, respondeu.

Apesar da negativa, a Justiça determinou que Alexandre e seu companheiro, Denner Oliveira Silva, a travesti Juliana, vá a júri popular pelo crime. (COM EPTV)