Dárcy Vera será interrogada pela Justiça dia 5 de dezembro

20/10/2017 09:55:00

Ex-prefeita de Ribeirão Preto será ouvida para dar sua versão no processo em que é acusada de receber proprina

Weber Sian / A Cidade
Dárcy Vera foi presa pela Polícia Federal (foto: Weber Sian / A Cidade)

 

No próximo dia 5 de dezembro, a ex-prefeita Dárcy Vera vai se sentar no banco dos réus na audiência em que será interrogada pelo juiz Lúcio Alberto Eneas da Silva Ferreira, da 4ª Vara Criminal de Ribeirão Preto. Ela é acusada de receber R$ 5,9 milhões de propina para a Prefeitura de Ribeirão Preto assumir o pagamento de R$ 69 milhões dos honorários da advogada Maria Zuely Librandi.

A data foi definida na tarde desta quinta-feira pelo magistrado na presença dos advogados de Dárcy e dos outros cinco réus no processo. Dárcy, que está presa desde o dia 19 de maio, será a última das acusadas a ser ouvida pelo juiz.

As audiências começam no dia 13 de novembro com o interrogatório de Wagner Rodrigues, ex-presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto, que fez acordo de delação premiada e confirmou o pagamento da propina.

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No dia 14, será ouvido o advogado Sandro Rovani. Ele e Wagner são acusados de fraudar atas e assembleias do Sindicato dos Servidores para que os funcionários municipais aceitassem repassar parte do valor recebido do acordo dos 28% para pagar os honorários de Zuely Librandi.

A advogada Zuely Librandi será a terceira a ser inquirida, no dia 20 de novembro. Zuely é acusada de pagar propina e fraudar documentos para conseguir receber R$ 69 milhões de honorários advocatícios da ação dos 28,35, em que a prefeitura foi obrigada a repor perdas do Plano Collor a todos os servidores.
Na semana seguinte, dia 27 de novembro, o juiz interrogará o advogado André Soares Hentz. Ele é acusado de auxiliar Zuely para o recebimento dos honorários advocatícios.

Em 30 de novembro, será ouvido Marco Antonio dos Santos.  O ex-superintendente do Daerp e Dárcy Vera são acusados de exigir e receber propina para liberar o pagamento dos honorários a Zuely. Marco Antônio teria recebido R$ 2 milhões.

Com exceção de Wagner Rodrigues, que firmou delação premiada, todos os réus negam as acusações. Zuely Librandi chegou a afirmar à Polícia Federal que era extorquida por Marco Antonio e pagava despesas pessoais de Dárcy, mas negou a fraude nos honorários.
 



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