'Ribeirão Preto vive uma situação anormal'

25/06/2017 16:10:00

Nos últimos quatro dias, cinco pessoas foram executadas na região; mortes acendem sinal de alerta da Ouvidoria

Thiago Roque
Três homens foram baleados no Ipiranga na madrugada de sábado (24) (Foto: Thiago Roque / A Cidade)

 

Dez pessoas baleadas, sendo cinco mortas e três em estado grave. As execuções realizadas na zona Norte de Ribeirão Preto nos últimos quatro dias acenderam o sinal de alerta no Ouvidor das Polícias do Estado de São Paulo, Júlio Cesar Neves. “O município vive uma situação anormal”, declarou no sábado (24) ao A Cidade.

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Três homens são baleados na zona Norte de Ribeirão Preto
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Após a morte do PM Roberto Abramovicius, o Brama, na quarta-feira (21), ocorreram quatro atentados em Ribeirão Preto. O último foi na madrugada deste sábado (24), com três pessoas baleadas – duas morreram – no Ipiranga.

O delegado plantonista da Polícia Civil, Harold Chaud, que atendeu a ocorrência de ontem, afirmou ainda não ser possível afirmar que as execuções estão associadas ao assassinato de Brama – mas não descarta a possibilidade.

“Todas essas mortes precisam ser esclarecidas. Existe a possibilidade de participação de policiais nelas”, afirmou o ouvidor Júlio Neves. O Comando da PM nega a participação de integrantes da corporação.

Ele diz que solicitou audiência com o Procurador Geral de Justiça do Estado de São Paulo e que iria oficiar o Secretário de Segurança Pública do Estado para tratar do tema. Ele também encaminhou ofício ao Ministério Público de Ribeirão para acompanhar as investigações. “Essa onda de violência não pode ficar impune, pois poderá resultar em mais vítimas”, afirmou.

No atentado de sábado (24), Elias David da Silva, 45 anos, foi atingido por seis disparos – dois no rosto, dois no peito e dois nas pernas – e Adam Mesquita, 20 anos, por quatro – sendo dois nas costas e dois nas pernas. Os disparos teriam sido feitos por pessoas encapuzadas dentro de um veículo prata – a mesma cor de um carro utilizado em outros dois ataques.

Alef Barbosa de Oliveira, 23, foi atingido no braço e nas nádegas. Ele recebeu alta após ser atendido no Hospital das Clínicas.

Até o fechamento desta edição, não havia sido divulgado, pela polícia, a prisão ou identificação dos suspeitos da morte de Brama e dos demais atentados.

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