Homens mascarados em carro prata são a marca do terror

24/06/2017 17:21:00

Dos quatro ataques registrados após a morte do cabo Brama na zona Norte, três têm o mesmo 'modus operandi'

*** ATUALIZADA ÀS 18h20

A morte do cabo da Polícia Militar Roberto Pereira Abramovicius, o Brama, 38 anos, marcou o início de dias de terror na zona Norte de Ribeirão Preto. Em quatro dias, foram registrados cinco atentados na região, que resultaram em dez pessoas baleadas e cinco mortes – incluindo a do policial.

Chama a atenção, também, o fato de que, em pelo menos três das ações registradas após a morte de Brama, o "modus operandi" do ataque ter sido semelhante: homens mascarados e a bordo de um veículo de cor prata, ainda sem marca ou modelo divulgados, que atiram para matar.
 

 
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Fábio Henrique de Oliveira, 34, estava sozinho na rua José Monteiro, Quintino Facci 2, às 13h, quando um carro de cor prata se aproximou. Os tiros atingiram o tórax e a cabeça de Oliveira, que morreu. “Um dos homens que atirou contra o moço usava capuz. Foi tudo muito rápido”, disse uma mulher, que não quis se identificar.

Mais tarde, entre as ruas Porto Seguro e Itaguaçu, no Ipiranga. Na ocasião, quatro pessoas foram atingidas – dois adolescentes, de 14 e 17 anos, ocupam leito no Hospital das Clínicas, e Gustavo dos Santos, 23 anos, está na Santa Casa. Luiz Alberto Francisco, 61 anos, foi atingido no cóccix e passa bem.

 Reprodução / WhatsApp
Casos foram registrados nos bairros Jardim Jandaia, Simioni e Ipiranga na tarde desta quarta-feira (21)

 

Neste sábado (24), novo ataque no Ipiranga, dessa vez no cruzamento das ruas Itajubá e Rio Negro. “Testemunhas disseram que um veículo prata, pequeno, estacionou abruptamente, com quatro pessoas mascaradas dentro, armados com pistolas. Depois, desceram e começaram a disparar aleatoriamente em um grupo que conversava em uma esquina”, conta o delegado Harold Chaud, em entrevista à EPTV.

Saldo: Elias David da Silva, 44, e Adam Pires de Araújo, 20, morreram no local; Alef Barbosa de Oliveira, 23, foi socorrido para a UBS Central e depois encaminhado para o HC-UE com ferimentos no braço e nas nádegas – e já liberado.

Para o delegado, ainda é cedo para apontar qualquer relação entre os crimes – contudo, a hipótese também não está descartada ainda. “Seria prematuro fazer associações, mas a investigação continua e, neste momento, como não sabemos a motivação e autoria, temos que partir para todos os lados até chegar a um ponto”, opina.

OUTRA MORTE

Além das pessoas citadas acima, Bruno Henrique Gervásio Dias, 16, foi baleado e morreu no Ipiranga na última quarta-feira (21), horas após a morte de Abramovicius.

Até o momento, ninguém foi preso.

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