Polícia Civil acredita que agentes penitenciários não estão envolvidos em tiroteio

08/10/2015 11:37:00

Hipótese é que tenha havido uma coincidência

Reprodução/ EPTV
Edson Honório Ferreira e Lúcio Flávio de Franca trabalhavam juntos na noite da última terça-feira (07)

A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de São Carlos ainda está apurando as contradições entre os envolvidos na morte do agente penitenciário Edson Honório Ferreira na madrugada da última terça-feira (6), mas acredita na hipótese de que os agentes estariam no local do crime por coincidência.

Ele e Lúcio Flávio de França, de 35 anos, trabalhavam em um serviço de monitoramento de cabos para uma empresa de telefonia quando se envolveram em uma troca de tiros com a Polícia Militar.

Eles foram vistos nas proximidades de uma empresa de materiais para construção que foi invadida e furtada. Segundo informações de um vigia da empresa, o carro usado na invasão era o mesmo em que a dupla estava, uma Saveiro branca localizada a 500 metros da empresa, em uma estrada de terra.

Os policiais foram atrás da dupla e, na abordagem, Edson sacou uma arma e houve troca de tiros. O agente foi alvejado e morreu no local. O colega Lúcio ficou gravemente ferido, após ser atingido por seis disparos. Ele está internado na Santa Casa de São Carlos, onde passou por cirurgia para a retirada das balas.

De acordo com Gilberto Aquino, delegado responsável pelo caso, as contradições apontam para uma coincidência e para o fato de que os agentes acabaram se envolvendo nessa ocorrência por coincidência.

"Tudo será apurado. Nós temos testemunhas que afirmam que eles estavam nas imediações, mas não participaram do furto, então não vão responder por crime nenhum. Também está provado que eles tinham autorização para usar a arma, então não responderão por esse crime. Com relação aos disparos, depende do laudo pericial do exame que foi feito", afirmou Aquino.

Com relação à versão dada pelos policiais militares, que diz que os agentes efetuaram o disparo contra a equipe, Aquino diz que vai ouvir a vítima e, se o relato for contraditório, os militares poderão ser indicados pelo crime de homicídio.

Na versão da PM, o alarme da empresa disparou e os vigias responsáveis identificaram os dois agentes penitenciários no local. Um deles foi ao imóvel e um dos invasores teria atirado. Após os disparos, o vigia pediu apoio via rádio e outro segurança e a Polícia Militar foram chamados.

Quando os policiais chegaram, os autores do furto já tinham fugido, deixando o cofre para trás. Eles foram informados que havia um veículo suspeito que poderia ter sido usado no crime e assim chegaram até os dois agentes.



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