Justiça liberta Walter Gomes, Layr Luchesi Júnior e Davi Cury

17/08/2018 07:35:00

Pesou na decisão do Tribunal de Justiça o fato do processo da Atmosphera estar paralisado desde abril

Walter Gomes, Layr Luchesi Júnior e Davi Cury


O TJ (Tribunal de Justiça) libertou ontem o ex-vereador Walter Gomes e o ex-secretário da Casa Civil de Dárcy Vera, Layr Luchesi Júnior, presos pela Operação Sevandija acusados de corrupção no núcleo dos apadrinhamentos políticos dos terceirizados da Atmosphera. Ambos deixam Tremembé hoje.  

Outros três réus do núcleo também tiveram o habeas corpus concedido: Davi Cury (ex-superintendente da Coderp, que será solto hoje), Ângelo Invernizzi (ex-secretário de Educação, já cumpria prisão domiciliar devido ao tratamento de câncer de sua mulher) e Sandro Rovani (advogado ligado ao empresário Marcelo Plastino, que continuará preso por ter prisão decretada em outros dois processos da Sevandija).  

Pesou, na decisão dos desembargadores do TJ, o fato do processo da Atmosphera estar paralisado desde abril pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça), que analisa se os autos devem ser remetidos para a Justiça Federal em função do suposto uso de verba federal.
Com a tramitação paralisada, o TJ considerou que há excesso de prazo na prisão preventiva.  

Walter Gomes está preso desde 14 de dezembro de 2016 (ontem completou 610 dias encarcerado). Já Luchesi está preso desde 19 de maio de 2017 (454 dias), no mesmo dia em que Dárcy foi presa. Ela porém, é ré em outro núcleo da Sevandija e não foi beneficiada pelas decisões do TJ.  
"Foi feita a Justiça. Prisão preventiva não é pena. O processo não foi julgado e, portanto, meu cliente não foi condenado. Não havia motivo para mantê-lo preso", afirmou ao A Cidade o advogado de Luchesi, Fabio Boleta. Júlio Mossin, que defende Walter e Sandro, também comemorou a decisão.  

Em nota, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) disse que "infelizmente" os réus foram soltos "apesar dos graves delitos, da infinidade de provas produzidas, do encerramento da instrução, do clamor social e da gravidade do caso".  

Os alvarás de soltura foram expedidos na tarde de ontem pela 4ª Vara Criminal de Ribeirão. Os réus ficarão com os passaportes retidos e deverão ficar recolhidos em casa no período noturno.  

Infográfico / Gaspar Martins
Infográfico / Gaspar Martins



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