Amante e filha de Marco Antonio são denunciadas por lavagem de dinheiro

09/08/2018 21:40:00

Foi determinado o bloqueio de até R$ 500 mil de Amanda Bronzatto, filha de Marco, e até R$ 720 mil de Telma Regina Alves; montante se refere ao valor de imóveis que ambas teriam adquirido mediante propina repassada por Zuely Librandi a Marco Antonio

Marco Antonio dos Santos era braço direito da ex-prefeita Dárcy Vera (Foto: Weber Sian / A Cidade)

A amante e a filha de Marco Antonio dos Santos (foto), braço direito da ex-prefeita Dárcy Vera, se tornaram rés na Operação Sevandija por lavagem de dinheiro, após o juiz Lúcio Ferreira, da 4ª Vara Criminal, dar seguimento quarta-feira (8) à denúncia movida pelo Gaeco no dia 20 de julho.  

O magistrado determinou o bloqueio de até R$ 500 mil de Amanda Bronzatto, filha de Marco, e até R$ 720 mil de Telma Regina Alves. O montante se refere ao valor de imóveis que ambas teriam adquirido mediante propina repassada por Zuely Librandi a Marco Antonio pela liberação dos honorários advocatícios.

Ocultação  

Investigação do Gaeco apontou que Marco recebia cheques de Zuely e descontava os valores com um empresário amigo, que por sua vez pulverizava em empresas e fundações aos quais era ligado e, depois, transferia para a conta de Telma. Foi assim que ela adquiriu uma casa de luxo em Indaiatuba. Já para a filha, Marco pagou a maior parte do valor da casa, em terreno de 390 m², com cheques assinados diretamente por Zuely, sem sequer camuflar. A aquisição do imóvel foi revelada pelo A Cidade na edição de 3 de março de 2017, antes mesmo do Gaeco se debruçar sobre essa parte do esquema.

Prosseguimento  

Os dois imóveis foram bloqueados pela Justiça. Caso a denúncia seja julgada procedente, irão a leilão e o valor será revertido aos cofres públicos. O juiz Lúcio Ferreira abriu 10 dias de prazo para os réus protocolarem as defesas prévias. A Cidade não conseguiu, na noite de ontem, localizar Amanda e Telma. Elas respondem em liberdade.  

Em depoimento ao Gaeco no ano passado, a amante de Marco negou ilegalidade. O ex-secretário de Dárcy está preso desde maio de 2017. Ele nega ter recebido propina e que os cheques que recebeu de Zuely foram empréstimos.



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