A Justiça Federal do Paraná condenou uma quadrilha que movimentava R$ 3 bilhões ao ano com mercadorias contrabandeadas do Paraguai por aviões, que tinha Ribeirão Preto como um dos centros de distribuição.

As penas dos 50 acusados da Operação Celeno, deflagrada em junho de 2016, somam um total de 553 anos de reclusão pelos crimes de contrabando e formação de quadrilha. A última sentença sobre o caso foi dada no dia 3 de julho e ainda há outras pendentes de julgamento.

Entre os condenados, estão líderes de quatro organizações criminosas envolvidas no esquema de importação sendo que três atuavam em Ribeirão Preto. (Com EPTV)

Entenda o caso

A Operação Celeno foi deflagrada em junho de 2016 para investigar uma organização criminosa que atuava em vários estados e movimentava, anualmente, cerca de R$ 3 bilhões em mercadorias contrabandeadas.

Segundo as investigações, que começaram em 2013, quatro grupos criminosos diariamente conduziam suas aeronaves de Salto Del Guairá, no Paraguai, até pistas clandestinas no interior do Estado de São Paulo.

As mercadorias eram então transportadas por caminhões e veículos até os destinatários finais. Um dos grupos comercializava as mercadorias em empresas próprias, estabelecidas em Ribeirão Preto e São Paulo.

Quatro aeronaves foram apreendidas ao longo das investigações e durante a operação foram cumpridos 138 mandados judiciais, sendo 28 de prisão preventiva, 15 de prisão temporária, 18 de condução coercitiva e 77 de busca e apreensão, incluindo os Estados do Paraná, São Paulo, Espírito Santo e Minas Gerais.