Tratorista que atropelou e matou bebê estava bêbado, diz tia da vítima

20/03/2018 12:50:00

Nathália Côrrea Alves diz que irmã pediu para o acusado parar o veículo, mas que ele continuou rodando como se nada tivesse acontecido




O tratorista de 50 anos acusado de atropelar e matar a bebê Ana Carolina Alves Duarte, de 1 ano e 9 meses, na noite de domingo (16) no Centro de Pitangueiras, se apresentou à delegacia da cidade na manhã desta terça-feira. A tia da menina afirma que há suspeitas de que o tratorista estivesse bêbado e, por isso, ele teria fugido do local do acidente.  

O homem que é funcionário de uma usina na cidade, foi ouvido por investigadores da delegacia e liberado. Segundo a polícia, o tratorista afirmou que fugiu do local do acidente sem prestar socorro porque teve medo de ser linchado por populares.  

ACidade ON tentou obter informações sobre o depoimento, mas o policial que atendeu a ligação afirmou que apenas após às 14h, o responsável pelas investigações dará mais informações sobre o depoimento.  

O acidente ocorreu por volta das 19h30 de domingo. A bebê seguia de bicicleta com a mãe Nayara Alves, de 19 anos, pela rua Minas Gerais, quando foi atropelada pelo trator de cor vermelha. Ela chegou a ser socorrida e levada à Unidade de Emergência do Hospital das clínicas, mas morreu meia hora depois de chegar ao hospital.  

Segundo Natália Corrêa Alves, 22 anos, tia da bebê, a bicicleta da mãe ficou presa à carroceria do trator e chegou a ser arrastada por alguns metros. O tratorista teria ignorado o pedido de socorro feito pela mãe da criança que gritava pedindo para ele parar, mas ele seguiu como se não tivesse ouvido nada.  

A tia contesta a versão do tratorista de que fugiu do local do acidente por medo de ser linchado. "Isso é um absurdo. Não tinha ninguém na rua na hora do atropelamento. As câmeras comprovam isso. Os vizinhos só começaram a aparecer por causa dos gritos e pedidos de socorro da minha irmã", afirmou a tia revoltada.  

A tia afirmou que a família já ouviu pessoas que viram o tratorista bebendo num bar antes de pegar o trator. Segundo ela, essas informações ainda não foram repassadas à Polícia Civil porque ninguém da família foi ouvido até agora.  

Para Nathália, o fato de o tratorista se apresentar depois de tirar a vida de uma criança e sair impune pela porta da frente da delegacia mostra que não há Justiça no Brasil. "O comentário geral aqui é que ele fugiu porque devia muita coisa, estaria bêbado e com a carretinha sem placas."  

Nathália afirma que a mãe da criança está inconformada. Ela já teria passado pelo hospital da cidade cinco vezes. "Ela não come desde o acidente e não quer mais morar aqui. Diz que não consegue ficar aqui onde a filha nasceu."
(Túbero Neto, com supervisão de Rita Magalhães)




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