Suspeito de matar o ex-cunhado negou o crime (Pamela Cadamuro/Tribuna Araraquara)

Um jovem de 22 anos foi preso na tarde desta sexta-feira (29), suspeito de matar e incendiar o corpo do ex-cunhado no Jardim Biagioni, em Araraquara. O crime aconteceu em fevereiro do ano passado e a vítima foi encontrada carbonizada dentro do porta-malas do próprio carro em uma das ruas do bairro.

A vítima, Ibes Ezequiel de Souza, 26, era ex-cunhado do suspeito quando foi assassinado. Segundo o delegado Fernando Teixeira Bravo, ele não aceitava o fim do relacionamento e ameaçava a ex-namorada constantemente.

“Ele não aceitava o término do namoro e passou a persegui-la. Com isso, a mulher e o irmão também o ameaçavam”, disse o responsável pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Araraquara.

Na madrugada do crime, a vítima teria ido até a casa da ex-namorada e teria sido atingido por um disparo após uma discussão com o suspeito. “Por conta do tiro, no desespero, o suspeito teria colocado o corpo no porta-mala e ateado fogo para tentar se safar do crime”.

Ainda de acordo com Bravo, o GPS ajudou a Polícia Civil e pode ter sido a 'peça-chave' para a solução do caso. “Conseguimos refazer todo o caminho percorrido por Ibes na madrugada em que foi morto, como a hora em que ele chegou na casa da ex, onde ficou cerca de uma hora, assim como quando foi abandonado no local em que o encontramos já incendiado”, complementou.

Corpo foi encontrado carbonizado no porta-malas do veículo (Colaboração)

'Não fiz nada disso'
O suspeito, Eron José da Silva, negou o crime e disse que trabalhava à noite na época em que o ex-cunhado foi encontrado morto. “Não tenho como me lembrar exatamente o que estava fazendo naquele dia, mas sei que não matei ninguém”, disse o suspeito, que deve ser levado à Cadeia de São Carlos.

A pena para o crime de homicídio doloso é de 12 e 30 anos de prisão. 

Relembre o caso
No final da madrugada do dia 25 de fevereiro de 2014, o veículo modelo Gol, de Ibes, foi encontrado queimado na Rua João Silveira, no Jardim Biagioni.

Na época, a Polícia Militar (PM) contou que uma testemunha teria escutado um estouro e quando saiu para ver o que havia acontecido, encontrou o carro em chamas e com o cadáver dentro do porta-malas.