658 alunos da rede pública ficam sem transporte escolar nesta sexta-feira

25/05/2018 10:20:00

Alegando falta de óleo diesel para a realização do serviço nesta manhã; empresa responsável suspendeu o serviço ontem

A dona Marta Aparecida Souza diz que filha Ketlyn e neta Ágatha perderam aula por falta de transporte escolar, suspenso ontem à tarde (Fotos: Weber Sian / A Cidade) 

 
Seiscentos e cinquenta e oito (658) alunos da rede municipal de Ribeirão Preto ficaram sem transporte nesta manhã de sexta-feira. O serviço foi suspenso pela empresa responsável pelo serviço, que informou à Secretaria de Educação que enfrenta problemas por falta de óleo diesel devido á greve dos caminhoneiros.    

O transporte escolar, segundo a prefeitura informou na tarde desta quinta-feira, só deverá ser retomado quando o abastecimento for regularizado na cidade. Ou seja, não há prazo determinado para que a serviço seja normalizado.  

Prestam serviços para a secretaria 46 veículos ônibus e vans -, além de 14 veículos adaptados para pessoas com deficiência que atendem as secretarias de Educação, Saúde e Assistência Social. ACidade ON solicitou à Educação e à Prefeitura o número de alunos que perderam aula pela falta de transporte, mas ainda não obteve retorno. 

Hoje a manhã foi de prejuízo para a dona de casa Maria Aparecida Souza, 48 anos. Com o transporte escolar da rede municipal suspenso, devido à greve dos caminhoneiros, a filha Ketlyn, 9 anos, e a neta Ágatha, 8 anos, perderam o dia de aula. 


Wilson Toni

Moradoras no bairro Wilson Toni, as duas meninas estudam na Cemei Virgílio Salata, no Ipiranga, e dependem do transporte da prefeitura para frequentar as aulas.

"Hoje o transporte não veio e elas não tiveram como ir à aula. Daqui do Wilson Toni não tem nem ônibus direto para o Ipiranga. Para leva-las teria de pegar dois ônibus: um até o Centro e outro até o Ipiranga", afirmou a dona de casa.

Para Ágatha, faltar da escola não é nada bom porque depois vai perder o conteúdo . "É ruim não ir á aula porque tem colega meu que foi. Depois eu vou ter que repor para poder acompanhar", disse a estudante.

A preocupação de dona Marta é que a ausência das meninas prejudique o recebimento do Bolsa Família, benefício que ajuda nas despesas da casa. "Se elas faltam eu posso até perder o benefício."

Caminhada a pé

Já a dona de casa Edna Gagliato, 33 anos,disse que o filho Lucas, 5 anos, só não perdeu aula na manhã de hoje porque o marido levou a criança de moto.  

"Mas como ele trabalha o dia todo fora, sou eu que vou busca-lo. Vou a pé porque não tem outro jeito", diz.
A mulher mora no Paulo Gomes Romeu e a criança estuda no Jardim Paiva. "São pelo menos 15 minutos de caminhada. Vamos andar para ele não faltar da escola", disse a mãe.
 

Leia mais: 

Transporte escolar de alunos da rede municipal é suspenso em Ribeirão Preto



    Mais Conteúdo