Silva, presidente do sindicato das escolas: ‘dependemos da inflação para definir o reajuste total’ (foto: Tiago de Brino / Especial)

A mensalidade das escolas particulares de ensino infantil, fundamental e médio de Ribeirão Preto deverá subir pelo menos 10% em 2015.

O aumento, que valerá para todo o estado do São Paulo, dependerá do comportamento da inflação até dezembro; do reajuste real no salário dos professores, que neste ano foi de 2,5%; e dos custos dos estabelecimentos de ensino.

Segundo Benjamin Ribeiro da Silva, presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo (Sieeesp), ainda não é possível confirmar o percentual de reajuste do próximo ano.
“Não temos um número para todas as escolas. O que apresentamos são os indicadores, para que elas possam confeccionar suas planilhas”, disse o presidente do sindicato ontem, antes de encontro com executivos de escolas pagas em Ribeirão Preto.

Para ele, a inflação está represada e após as eleições, fatalmente, subirá. “Já temos a convenção dos professores assinada, com um aumento real de 2,5% e estamos dependendo da inflação”, afirmou. “Sabemos que a inflação está represada. Por isso, trabalhamos com ela a 7% ou mais”, completou.
Benjamin ressalta que com os índices já definidos e as previsões, é muito difícil que o reajuste seja abaixo de 10%.

Mas, de acordo com ele, o aumento da mensalidade não irá a 15%. “Deve ficar entre 10% e 12%”, diz.
Como as escolas só podem reajustar a mensalidade em dezembro, é preciso muita cautela. “A escola tem que ter parcimônia, pois tem que sobreviver no ano seguinte e não deixar insatisfeito o seu cliente, o pai do aluno”, ponderou.

Os estabelecimentos de ensino precisam definir o reajuste até 45 dias antes do início do próximo ano letivo, ou seja, até o dia 10 de dezembro. “Em 2015 terão muitos feriados e por isso, sugerimos que as aulas comecem no dia 26 de janeiro”, explica Benjamin.

Impacto
Apesar do impacto do reajuste nas mensalidades, o presidente do Sieeesp acredita que não haverá queda no número de alunos.

Segundo ele, hoje, a média de uma mensalidade escolar é de R$ 700. “É um valor que qualquer pessoa de classe média consegue pagar”, afirma.

Para Benjamin, os pais prezam qualidade de ensino e segurança. “Tenho certeza que a escola particular vai continuar crescendo. Nos últimos dez anos ela cresceu 120%”. 

Inadimplência segue estabilizada

A inadimplência nas escolas de Ribeirão Preto está estável. Em julho do ano passado, a cidade registrou uma média de 7,52%. Em julho deste ano, a média ficou em 7,91%.

“É uma notícia positiva, ainda mais no cenário econômico no qual estamos inseridos”, disse Benjamin Ribeiro da Silva, presidente do sindicato que representa as escolas particulares do ensino infantil, fundamental e médio.

“Achávamos que estaria pior, mas não. A explicação para isso é que mesmo com este cenário econômico, ainda não caiu o número de empregos. E enquanto o pai estiver empregado, dificilmente ele vai atrasar a mensalidade”, ressaltou.

Atualmente, Ribeirão possui mais de 42 mil alunos estudando nas 207 escolas particulares. 

Nos municípios da regional, são 152 mil estudando em 760 escolas, segundo o sindicato.